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Nova maneira de admirar a Grande Barreira de Coral, no Google

Por Por Amy COOPES
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h44 - Publicado em 2 mar 2012, 14h56

A Grande Barreira de Coral australiana apresentada como se você estivesse nela: este é o projeto dos cientistas que vão cartografar o site em parceria com o motor de buscas Google, seguindo o modelo da ferramenta Street View, a fim de medir os efeitos do aquecimento global.

O projeto da Universidade de Queensland “Seaview Survey” vai utilizar robôs submarinos e câmaras fotográficas especialmente concebidas para observar profundidades jamais exploradas da Grande Barreira, ao longo do litoral nordeste australiano.

Um aparelho dotado de quatro objetivas, que pode se intrometer entre dos corais, estabelecerá um “recenseamento visual instantâneo” de todas as formas de vida, em vinte locais ao longo dos 2.300 km da barreira.

Cerca de 50.000 panoramas, em alta definição e a 360°, serão, em seguida, colocados on-line no site de Fotos ‘Panoramio do Google’, podendo ser visualizados através do Google Maps e Google Earth, sites de cartografia digitais.

As imagens serão comparáveis às de um “Street View” sob o mar, a ferramenta do Google que permite explorar as cidades e sites turísticos do mundo inteiro.

“Utilizando técnicas digitais para criar imagens a 360°, as pessoas vão poder deslizar na água e mergulhar na Grande Barreira, como se estivessem conosco”, declarou à AFP o cientista Ove Hoegh-Guldberg, chefe do “Seaview Survey”.

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A Barreira de Coral da Austrália é a maior desse tipo do mundo, constituída de 3.000 sistemas recifosos e de centenas de ilhas tropicais. Abriga pelo menos 1.500 espécies de peixes e 30 de baleias, golfinhos e marsuínos.

A expedição, prevista para setembro, vai dispor de um canal especial no Youtube que permitirá acompanhar as operações em tempo real.

O primeiro objetivo é catalogar os recifes a fim de poder estabelecer comparações mais tarde e medir o impacto do aquecimento climático, informou o chefe do projeto.

O cientista espera também reunir dados sobre profundidades inacessíveis aos mergulhadores, das quais se sabe pouco. A equipe se interessa, por exemplo, pela forma na qual se reproduzem os recifes de corais em grandes profundidades (entre 30 e 100 metros).

A lua desempenha um papel na reprodução de corais próximos da superfície e seria uma “descoberta fenomenal” constatar o comportamento dos recifes situados na profundidade, tendo em vista que a claridade lunar é muito fraca lá embaixo, observou Ove Hoegh-Guldberg.

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Uma outra equipe, dirigida por Richard Fitzpatrick, biólogo marinho especializado em tubarões, se concentrará na “megafauna” da Barreira (arraias, tartarugas, tubarões-tigres) e no impacto do aquecimento do oceano sobre os movimentos migratórios.

Testes realizados no final de 2011 com os robôs,terminaram na descoberta de quatro novas espécies de corais e de um cavalo-marinho pigmeu.

“Os oceanos estão prestes a viver enormes mudanças, seja nos mares polares, seja nos recifes de coral”, destacou Hoegh-Guldberg.

Permitir às pessoas em todo o mundo “ver de perto” a Barreira, via Google e YouTube, vai contribuir para uma verdadeira tomada de consciência, afirmou.

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