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Neandertal era tão inteligente quanto homem moderno, diz estudo

Segundo pesquisa, homem de Neandertal tinha habilidade para caçar, comunicar-se, inovar e adaptar-se a diferentes ambientes

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h12 - Publicado em 30 abr 2014, 19h51
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  • Uma pesquisa da Universidade do Colorado em Boulder, nos Estados Unidos, publicada nesta quarta-feira pelo periódico Plos One, afirma que a inteligência dos neandertais é comparável à do homem moderno. Segundo o novo estudo, os neandertais eram igualmente talentosos para caçar, comunicar-se, inovar (na dieta, por exemplo) e adaptar-se a diferentes ambientes, ao contrário do que sugerem leituras convencionais.

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    Título original: Neandertal Demise: An Archaeological Analysis of the Modern Human Superiority Complex​

    Onde foi divulgada: periódico Plos One.

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    Quem fez: Paola Villa e Wil Roebroeks

    Instituição: Universidade do Colorado em Boulder, nos Estados Unidos.

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    Resultado: Segundo os pesquisadores, a teoria de que esses hominídeos eram menos inteligentes que o homem moderno é falaciosa. A capacidade de comunicação, caça, inovação e adaptação dos neandertais são semelhantes às do homem moderno.

    A semelhança entre esses homens pré-históricos, considerados uma subespécie do Homo sapiens, e o homem moderno vem sendo atestada em um número crescente de pesquisas. Neste novo estudo, os cientistas usaram análises genéticas dos neandertais para examinar doze explicações comuns para sua extinção, ocorrida há 50.000 anos na Ásia e há 30.000 anos na Europa. Conclusão: nenhuma delas é suficientemente embasada, como a teoria segundo a qual os neandertais não conseguiam se adaptar a diferentes ambientes – há indicativos de que eles caçavam em grupo e utilizavam a paisagem para ajudá-los nessa tarefa.

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    Uma prova de inteligência mencionada no estudo foi a descoberta, em um sítio arqueológico neandertal, de fósseis de dezoito mamutes e cinco rinocerontes na base de um buraco profundo. Trata-se de uma evidência de que os neandertais tinham a capacidade de planejar o futuro (para se defender, nesse caso), comunicar-se e fazer uso eficiente do ambiente em prol do bando.

    A pesquisa cita também a possibilidade de que esses homens tivessem uma dieta diversificada. Segundo a disponibilidade de alimento, o cardápio neandertal podia incluir ervilha, pistache, semente de capim, azeitona silvestre, pinhão e tâmara, segundo indícios fornecidos por microfósseis.

    Por fim, os pesquisadores acharam evidências de que esses homens usavam pintura corporal, feita com ocre, um pigmento natural. Juntos, esses achados sugerem que os neandertais cultivaram seus próprios rituais e usaram comunicação por símbolos.

    Segundo os estudiosos, pesquisas anteriores deturparam a capacidade cognitiva dos neandertais, que são do Paleolítico Médio (entre 200.000 a 30.000 a.C.), ao compará-las à dos humanos do período Paleolítico Superior (entre 30.000 e 10.000 a.C.). “Seria a mesma coisa que comparar o desempenho de um carro do século passado, como o Ford Model T, com os carros modernos, como a Ferrari, e definir que Henry Ford era inferior cognitivamente a Enzo Ferrari”, diz Paola Villa, coautora do estudo e arqueóloga do Museu de História Natural da Universidade do Colorado.

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