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Morre aos 92 anos o pai da criogenia

Por Frank Perry
Atualizado em 6 Maio 2016, 17h05 - Publicado em 25 jul 2011, 17h29

Robert Ettinger, considerado o “pai da criogenia”, um processo de congelamento de corpos à espera dos avanços da ciência para serem ressuscitados, morreu no sábado, aos 92 anos, nos Estados Unidos, anunciou nesta segunda-feira seu filho David.

Como não poderia deixar de ser, o corpo do fundador do movimento foi imediatamente congelado, no Instituto de Criogenia de Clintown Township (Michigan), que fundou em 1976, informou David Ettinger à AFP.

Em 1964, Robert Ettinger publicou “The Prospect of Immortality”, Uma Perspectiva de Imortalidade, inédito no Brasil, mas traduzido em vários países.

Desenvolveu nesta obra a tese, segundo a qual “era possível conservar o corpo indefinidamente”, de modo que um dia “a ciência médica pudesse reparar os problemas causados pela doença e a própria criogenia”.

Então, escreveu ele, “haverá um dia no qual nossos amigos, do futuro, poderão nos fazer reviver e nos tratar”.

Ettinger, professor de física, ficou famoso nos Estados Unidos, nos anos 1960 e 1970, aparecendo nos programas de maior audiência da televisão americana.

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Nascido em 1918, participou da Segunda Guerra Mundial na Bélgica, durante a qual ficou gravemente ferido. Hospitalizado durante vários anos, foi submetido a transplantes de osso, na perna.

A técnica inovadora atraiu a atenção sobre a tecnologia médica do futuro, segundo seu filho.

Cento e seis corpos estão congelados, atualmente, no Instituto de Criogenia, que possui 900 membros no mundo inteiro, com associações de apoio na Rússia, Austrália e na Alemanha.

Para ser conservado indefinidamente, paga-se 28.000 dólares, e o corpo passa a ser mergulhado numa mistura, até a temperatura de ebulição do nitrogênio líquido (77 K, 196,15 ºC abaixo de zero) ou ainda mais baixas.

Atualmente, isso já dá certo com embriões: óvulos fecundados podem ficar armazenados com boas chances de sobreviver a um descongelamento, ou cerca de 60%.

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A técnica consiste em guardar o corpo num tanque de nitrogênio líquido, a 196ºC abaixo de zero, temperatura em que não há decomposição das células.

Robert Ettinger repousa, agora, ao lado de sua mãe e de duas esposas. Deixa para a posteridade uma associação dedicada à educação e à pesquisa sobre a criogenia.

Foi autor de vários outros livros ainda não traduzidos como “Man Into Superman” (1970) e “Youniverse” (2009).

A criogenia é um assunto comum na ficção científica, estando presente em filmes como “2001: Uma odisséia no espaço”, que já falava sobre o tema, no final da década de 60. Produções mais recentes também tocam nessa matéria, como “Austin Powers: um agente nada discreto” (1997), “Eternamente Jovem” (1992), e “A.I. Inteligência Artificial” (2001).

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