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Menor poluição do ar aumenta expectativa de vida nos EUA

Estudo da Faculdade de Saúde Pública de Harvard mostrou que houve um ganho de 0,35 ano na expectativa de vida graças à redução da poluição atmosférica nos Estados Unidos entre 2000 e 2007

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h24 - Publicado em 4 dez 2012, 18h06

A redução de poluição atmosférica dos Estados Unidos entre 2000 e 2007 se traduziu em um aumento direto da expectativa de vida de 0,35 ano nos Estados Unidos. É o que afirma uma pesquisa publicada nesta segunda-feira no periódico científico Epidemiology.

Segundo os pesquisadores da Escola de Saúde Pública de Harvard, trata-se do mais completo estudo já realizado no país a analisar os benefícios diretos que a redução de partículas nocivas à saúde pode trazer.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Effect of Air Pollution Control on Life Expectancy in the United States

Onde foi divulgada: revista Epidemiology

Quem fez: A. Correia, C. A. Pope III, D. Dockery, Y. Wang, M. Ezzati, F. Dominici

Instituição: Harvard School of Public Health, nos EUA

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Resultado: Comparando a concentração de partículas inaláveis, nocivas à saúde, em mais de 500 condados nos Estados Unidos, os pesquisadores descobriram que uma redução de 10 microgramas por metro cúbico se traduziu em um ganho de 0,35 ano na expectativa de vida dos residentes nessas áreas. A relação foi ainda mais forte para áreas urbanas. Para os pesquisadores, resultados mostram que ações contra a poluição do ar se refletem em benefícios diretos para a saúde.

Os cientistas mediram em 545 condados (subdivisões estaduais americanas; existem 3.033 no país) a concentração no ar de partículas inaláveis finas, liberadas quando ocorre a queima de combustíveis fósseis. Quanto menores, mais nocivas à saúde elas são. Na categoria estudada, estão partículas com menos de 2,5 micrômetros (unidade equivalente à milionésima parte do metro), ligadas a doenças cardiovasculares e pulmonares.

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A poluição atmosférica tem caído gradualmente nos Estados Unidos desde a década de 1980, mas o ritmo desacelerou a partir dos anos 2000. Os cientistas de Harvard queriam saber se, apesar de mais lenta, essa redução poderia ainda assim influenciar a expectativa de vida. E a resposta encontrada foi “sim”.

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Nos mais de 500 condados observados, um corte na concentração atmosférica de 10 microgramas (a milionésima parte da grama) de partículas inaláveis por metro cúbico, por dia, resultou em um ganho médio de 0,35 ano na expectativa de vida da população, ao longo dos sete anos da pesquisa.

De acordo com o professor Luiz Alberto Amador Pereira, do Laboratório de Poluição Atmosférica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP), o resultado é importante porque dá respaldo para que os limites máximos de concentração de poluentes aceitos pelas agências reguladoras sejam revistos para baixo.

Em áreas urbanas, melhores resultados – Outro ponto observado pelo estudo é que qualquer redução de poluentes tem benefícios muito maiores para as populações urbanas. Em condados com uma proporção de residências urbanas acima de 90% do total, o ganho em expectativa de vida, mediante uma redução de 10 microgramas de partículas inaláveis por metro cúbico, foi bem maior: 0,95 ano.

Os cientistas especulam que a composição das partículas inaláveis pode ser diferente em áreas urbanas e rurais.

“Apesar de a população americana, no geral, estar exposta a níveis muito inferiores de poluição do ar do que há 30 anos, principalmente por uma regulamentação mais severa, parece que futuras reduções dos níveis máximos de partículas nocivas permitidas continuariam a beneficiar a saúde pública”, diz o principal autor do artigo, Andrew Correia, do HSPH.

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