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Mamíferos primitivos sobreviveram à era dos dinossauros graças à dentição complexa, diz estudo

Pequenas saliências na ponta dos dentes permitiram aos primeiros mamíferos se alimentarem com maior eficiência

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h42 - Publicado em 15 mar 2012, 17h49
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  • No tempo dos dinossauros, acredita-se que os mamíferos não passavam de pequenas criaturas que viviam escondidas com medo dos predadores. Mas pelo menos um grupo de mamíferos, os chamados multituberculados, conseguiram evoluir durante os últimos 20 milhões de anos do reinado dos dinossauros e sobreviver à sua extinção, há 66 milhões de anos.

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    Pesquisa realizada pela Universidade de Washington, nos Estados Unidos, sugere agora porque esses multituberculados, que se assemelham muito a roedores, se deram tão bem. Em parte, o sucesso das espécies se deve ao desenvolvimento de pequenas saliências formadas na extremidade de seus dentes posteriores – chamados tubérculos – , o que lhes permitiu se alimentar principalmente das plantas dotadas de flores e frutos – as angiospermas – , que estavam começando a se tornar comuns na natureza.

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    Há cerca de 170 milhões de anos, os multituberculados eram do tamanho de ratos. Quando as angiospermas começaram a aparecer, há 140 milhões de anos, o tamanho do corpo desses mamíferos começou a aumentar, chegando a alcançar a dimensão de um castor. Depois da extinção dos dinossauros, os multituberculados continuaram evoluindo até que outros mamíferos – em sua maioria primatas e roedores – foram surgindo e ganhando vantagens competitivas. Isto levou a sua extinção há mais ou menos 34 milhões de anos.

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    MULTITUBERCULADOS

    Mamíferos da ordem Multituberculata são um grupo extinto de animais primitivos. Surgiram há cerca de 90 milhões de anos e foram extintos há 34 milhões de anos. Apesar de serem semelhantes a roedores, acredita-se que não tenham dado origem a nenhum outro tipo de mamífero existente hoje. Entre as suas características diferentes, estão os dentes, que apresentam um grande número de cúspides. Agora, uma nova pesquisa descobriu que este foi o motivo para os multituberculados terem convivido tanto tempo ao lado dos dinossauros.

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    Para a atual pesquisa, os cientistas examinaram dentes de 41 espécies de multituberculados. O trabalho procurou determinar a estrutura da superfície desses dentes. Quanto mais fragmentada é essa superfície, mais complexa e mais cheia de tubérculos é a estrutura do dente. “Se você olhar para a complexidade dos dentes, vai ter informações da dieta”, explica o biólogo Gregory P. Wilson, chefe da pesquisa, publicada na edição atual do periódico Nature.

    Carnívoros, por exemplo, têm dentes relativamente simples, com aproximadamente 110 cúspides por fileira de dentes, já que seu alimento é facilmente digerível. Já os animais que dependem da vegetação como alimentação possuem dentes com mais fragmentos, de modo a facilitar a digestão. Nos multituberculados, os dentes mais complexos encontrados foram os posteriores, com uma média de 348 cúspides por fileira de dentes, ideal para triturar material vegetal.

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