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Maior pterossauro do Jurássico é encontrado na Escócia

Dinossauro voador teria 2,5 metros de envergadura e lança nova luz sobre evolução da espécie

Por Alessandro Giannini Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 22 fev 2022, 19h55

O fóssil do maxilar de um dinossauro encontrado na Ilha de Skye, na Escócia, levou a uma descoberta fascinante. Os pterossauros voavam pelos céus do planeta muito antes do que se imaginava e tinham pequenos dentes ao longo do bico para segurar melhor suas caças. Os pesquisadores responsáveis por analisar os restos fósseis disseram nesta terça, 22, que o Dearc sgiathanach viveu há cerca de 170 milhões de ano, durante o Período Jurássico. O nome científico deriva do gaélico e significa “réptil alado”.

Com uma envergadura de cerca de 2,5 metros, o Dearc lança nova luz sobre a evolução dos pterossauros, já que muitos deles só alcançariam esse tamanho apenas 25 milhões de anos depois. Eram, sem sombra de dúvida, as maiores criaturas voadoras que haviam habitado a Terra até aquele momento. No período Cretáceo, alcançaram dimensões muito maiores – tão grandes quanto caças militares.

Os pterossauros, que viveram ao lado dos dinossauros, foram o primeiro de três grupos de vertebrados a conseguir voar, surgindo há cerca de 230 milhões de anos. As aves surgiram há cerca de 150 milhões de anos e os morcegos há cerca de 50 milhões de anos. A descoberta questiona a ideia de que a competição com pássaros pode ter inicialmente impulsionado a explosão do tamanho dos pterossauros.

“Quando estava batendo asas em torno das cabeças dos dinossauros há 170 milhões de anos, era o maior animal que já havia voado na história da Terra (como a conhecemos)”, escreveu em um tuíte Steve Brusatte, paleontólogo da Universidade de Edimburgo e co-autor do estudo, publicado na revista Current Biology.

Uma análise dos ossos do Dearc mostrou que ele não estava totalmente crescido e poderia ter uma envergadura de 3 metros quando adulto. Pesavam muito pouco – provavelmente menos de 10 quilos – graças aos seus ossos ocos e leves e estrutura esbelta. Tinha um crânio alongado e uma cauda longa e rígida. Um arsenal de dentes afiados formava uma gaiola quando mordia a presa.

Os pterossauros são alguns dos vertebrados mais raros no registro fóssil devido aos seus ossos frágeis, alguns com paredes mais finas que uma folha de papel. “Nosso espécime, anormalmente, está bem preservado – mantendo suas três dimensões originais e sendo quase completo, e ainda articulado como seria quando vivo. Tal estado de preservação é excepcionalmente raro em pterossauros”, disse à agência Reuters a estudante de doutorado em paleontologia da Universidade de Edimburgo Natalia Jagielska, principal autora da pesquisa.

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