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Investigação na baía de Santos busca monitorar contaminação por cocaína

Droga se tornou um contaminante emergente na região e já afeta organismos marinhos, como ostras e mexilhões

Por Agência FAPESP
4 set 2024, 10h48
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  • Drogas e álcool: Famílias levam, em média, nove anos para descobrir que parente é dependente químico
    Drogas e álcool: Famílias levam, em média, nove anos para descobrir que parente é dependente químico (Thinkstock/VEJA/VEJA)

    Além de poluentes oriundos das atividades portuária, industrial e do esgoto doméstico, a baía de Santos tem sido afetada por um contaminante emergente que hoje está presente não só na água, mas também em sedimentos e organismos marinhos: a cocaína.

    Os pesquisadores encontraram em amostras de água coletadas na região ibuprofeno, paracetamol e diclofenaco, entre outros medicamentos, além de cocaína em concentração equivalente à da cafeína – um indicador tradicional de contaminação porque, além de ser consumida por meio de bebidas como café, chá e refrigerantes, está presente em vários medicamentos.

    O grupo de Camilo Dias Seabra, professor da Universidade Federal de São Paulo, e colegas da Universidade Santa Cecília (Unisanta) identificaram pela primeira vez, em 2017, o acúmulo de cocaína e outras substâncias derivadas de remédios em água superficial na baía de Santos e efeitos biológicos em concentrações ambientalmente relevantes. Neste vídeo produzido pela Agência FAPESP, o problema é relatado pelo biólogo. 

    Essas descobertas se baseiam em estudos geoquímicos feitos em testemunhos de sedimento estuarino. No vídeo é possível acompanhar como é feita a coleta dessas amostras e de animais na região do emissário submarino da baía de Santos.

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    De acordo com Seabra, a partir desses estudos, foi possível estimar que a cocaína passou a se acumular no estuário de Santos a partir da década de 1930, mas as concentrações da droga na região saltaram nas últimas décadas. Algumas das explicações para esse aumento é que a região é uma das principais rotas de tráfico da droga da América do Sul para a Europa. Além disso, a região, a exemplo de outras no país e no mundo, enfrenta o problema do aumento de usuários de drogas ilícitas, como a própria cocaína e o crack.

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    Outros problemas na região são a falta de tratamento de esgoto, o uso de crack e outras drogas e riscos à segurança pública. A fim de entender melhor a magnitude desses problemas, os pesquisadores pretendem iniciar um programa epidemiológico baseado em águas residuais para identificar o consumo de drogas.

    Um dos objetivos de programas como esse é contribuir para a detecção de problemas de saúde da população relacionados não só a drogas ilícitas, mas também álcool e tabagismo.

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