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Habitantes de Pompeia tinham dentes fortes e ossos fracos, revela estudo

Cientistas submeteram os corpos da população que morreu após a erupção do Vesúvio, em 79 d.C., a tomografias computadorizadas. Primeiros resultados revelam a alimentação saudável dos habitantes

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h00 - Publicado em 20 out 2015, 15h55

Os habitantes da cidade de Pompeia que morreram na erupção do Vesúvio em 79 d.C. tinham dentes perfeitos, devido a uma alimentação saudável, e ossos frágeis por causa do excesso de flúor das águas dos mananciais em que bebiam. Esses são os primeiros resultados de uma pesquisa sem precedentes que submeteu a tomografias computadorizadas 30 corpos encontrados nas escavações de Pompeia, na Itália. Conservados em moldes de gesso, eles estão sendo analisados por arqueólogos, antropólogos, radiologistas e dentistas desde agosto deste ano. As fotos divulgadas pelos pesquisadores revelam arcadas dentárias impecáveis e a posição exata em que os habitantes morreram.

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Moldes perfeitos – Quando o Vesúvio entrou em erupção, os habitantes de Pompeia foram envolvidos por lava, cinzas e gases, material que se solidificou sobre os corpos. Com o tempo, os organismos foram decompostos, mas, no século 19, o arqueólogo italiano Giuseppe Fiorelli decidiu injetar gesso no “vazio” e assim conseguiu preservar o formato exato das vítimas da erupção cobertas pelas camadas de cinza e detritos. O gesso acabou misturado aos restos de ossos e dentes dos antigos moradores de Pompeia e são esses moldes que os cientistas estão submetendo a tomografias.

Os exames, feitos em um equipamento que analisa todo o corpo em 100 segundos, são capazes de reconhecer detalhes impressionantes, como idade e sexo ou se o indivíduo era “um fumante de cachimbo, um músico que tocava flauta, assim como a origem geográfica e a condição sócio-econômica”, de acordo com os pesquisadores. A tecnologia está sendo utilizada porque a densidade do gesso é muito parecida com a densidade dos ossos e apenas uma máquina de alta tecnologia seria capaz de diferenciar uma coisa da outra.

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As primeiras análises revelaram que a maioria dos moradores de Pompeia tinha dentes saudáveis, graças a uma alimentação com poucos açúcares. Em algumas das arcadas dentárias é possível observar imperfeições que indicam que o pompeiano utilizava os dentes para cortar os alimentos. Além disso, um dos homens tinha ossos fracos, devido à excessiva presença de flúor nas fontes vesuvianas.

Os pesquisadores também vão utilizar testes de DNA e técnicas a laser para estudar os restos mortais da população de Pompeia. Com isso, esperam “ter a chance de conhecê-los como realmente são”, disse a antropóloga Estelle Lazer, que estuda os ossos desses habitantes há 30 anos, ao jornal americano The New York Times.

(Da redação)

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