Os Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês) dos Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira a decisão de restringir o uso de chimpanzés em pesquisas científicas. A instituição decidiu aposentar 310 animais sob sua guarda e levá-los para santuários. Cerca de 50 chipanzés continuarão disponíveis para estudos futuros.
“Vamos reduzir consideravelmente a utilização dos chimpanzés nas pesquisa biomédicas”, afirmou o diretor dos NIH, Francis Collins. “A maioria dos chimpanzés que temos deveria se aposentar”, acrescentou. Segundo o NIH, a decisão será aplicada paulatinamente ao longo dos próximos meses e deverá levar alguns anos até que todos estejam afastados.
A decisão, que será revisada a cada cinco anos, foi tomada com base em um relatório desenvolvido pelo Instituto de Medicina (IOM, na sigla em inglês),a pedido dos NIH, sobre a necessidade de utilizar chimpanzés em estudos científicos.
De acordo com Collins, os animais que continuam em cativeiro serão utilizados principalmente em testes para a vacina da hepatite C ou para estudos do comportamento psicológico da espécie. Eles também não poderão mais se reproduzir.
Problemas de espaço – As autoridades americanas não aceitaram, porém, a recomendação de atribuir um espaço de 93 metros quadrados a cada chimpanzé, por considerar que a necessidade desta medida não foi suficientemente comprovada.
Paralelamente a isso, o Serviço de Peixes e Vida Selvagem dos Estados Unidos(US Fish and Wildlife Service) anunciou na semana passada a intenção de colocar os chimpanzés criados em cativeiro na lista de espécies ameaçadas, o que dificultaria o uso desses animais em estudos.
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(Com Agência France-Presse)