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Futuro das terras raras pode estar no fundo do oceano

Pesquisadores japoneses descobriram grande concentração dos metais, utilizados em produtos de alta tecnologia, em lodo submarino no Pacífico

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 17h06 - Publicado em 3 jul 2011, 18h36

Estudo publicado neste domingo revelou que algumas zonas do Oceano Pacífico são muito ricas em metais de terras raras, como o ítrio, usado na fabricação de produtos de alta tecnologia como carros elétricos, telas planas, discos rígidos de computadores e aparelhos de MP3.

Atualmente, 97% da produção dos 17 metais que constituem as terras raras procede do solo chinês, com grandes danos ao meio ambiente e aos moradores. Estes metais também podem ser encontrados em sedimentos no fundo do oceano, mas a falta de conhecimento preciso acerca de sua localização torna a exploração por mar pouco viável.

No estudo, uma equipe de geólogos japoneses extraiu e analisou mais de 2.000 mostras de sedimentos marinhos, em grande parte do Oceano Pacífico. Foram identificados locais a leste do Pacífico norte e no centro do Pacífico sul com considerável concentração de terras raras e de ítrio.

“Estimamos que uma zona de um quilômetro quadrado que cerca um dos lugares onde foram feitas as extrações poderia suprir, sozinha, 20% do consumo anual mundial destes elementos”, afirma o estudo, publicado na revista britânica Nature Geoscience.

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Além disso, as experiências realizadas mostram que as terras raras do lodo submarino podem ser facilmente retiradas com o uso de ácido. “O lodo é simplesmente enxaguado com ácidos diluídos (ácido sulfúrico ou ácido clorídrico) durante uma a três horas a temperatura ambiente”, explicou Yasuhiro Kato, da Universidade de Tóquio. Segundo ele, a técnica não apresenta nenhum risco para o meio ambiente, “já que os ácidos diluídos não são vertidos para o oceano”.

A descoberta pode ser uma resposta à preocupação de grupos empresariais da América do Norte, Europa e Ásia com as recentes restrições que o governo chinês tem feito às exportações. Resta saber se a exploração das jazidas situadas a grande profundidade, entre 4.000 e 5.000 metros, será possível tecnologicamente e viável economicamente.

(Com agência France-Presse)

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