O mais completo esqueleto de um deinonico, dinossauro que inspirou a criação de “Jurassic Park”, será leiloado pela casa Christie’s ao longo do mês de maio e a expectativa é que ele seja arrematado por cerca de US$ 6 milhões. “Hector”, como foi apelidado o fóssil, tem aproximadamente 126 ossos, além de algumas partes reconstruídas com impressoras 3D.
O espécime foi descoberto em Wolf Creek Canyon, em Montana, nos Estados Unidos, em 2014. Arqueólogos acreditam que esses animais viveram no período conhecido como Cretáceo Inferior, entre 115 e 108 milhões de anos atrás. É o único fóssil dessa espécie em uma coleção particular. Há apenas outros dois conjuntos conhecidos, ambos em coleções de museus.
Os deinonicos serviram de inspiração para Michael Crichton (1942-2008), autor do livro “Jurassic Park”. Na obra, assim como na adaptação cinematográfica, eles são apresentados como velociraptores. Mas estes, na realidade, são uma espécie completamente diferente, bem menos agressiva e do tamanho de perus, de acordo com especialistas. Além disso, os deinonicos tinham plumas e penas, mas nada disso é retratado nos filmes.
O paleontólogo americano John H. Ostrom foi o primeiro a descobrir os deinonicos, em 1964. O nome significa “garra terrível”, uma referência às garras afiadas nas patas traseiras. Acredita-se que eles se alimentavam de outros dinossauros herbívoros e caçam sozinhos, ao contrário do que aparece na popular franquia de cinema. As alterações feitas por Crichton, incluindo os hábitos de caça e a alteração no nome, foram feitas para dar maior dramaticidade à história.
Neste momento, Hector está em exposição na casa de leilões, em Nova York, antes de ser finalmente arrematado no dia 12 de maio.