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Fósseis descobertos na África revelam drama de extinção em massa

Espécie viajou por 7 mil quilômetro em busca malsucedida por sobrevivência

Por Luiz Paulo Souza Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 24 Maio 2023, 18h15

Um artigo publicado essa semana na revista científica Current Biology revela a triste história de um predador ancestral. Chamado de Inostrancevia, o animal foi vítima da maior extinção em massa registrada até hoje, há 252 milhões de anos. 

Na época, o mundo passou por um longo período de aquecimento global, provocado por uma intensa atividade vulcânica na região da Sibéria. Para tentar fugir da crise climática que assolava o mundo, a espécie deixou seu lugar de origem e viajou, ao longo de alguns séculos, por cerca de 12 mil quilômetros

Os primeiros fósseis do Inostrancevia foram descobertos na região noroeste da Rússia, próximo ao mar ártico. A fera, que podia chegar aos quatro metros de comprimento, pertencia a classe de protomamíferos, um grupo de animais que mescla características de répteis e mamíferos. O trabalho mais recente encontrou fósseis do predador no sul da África, o que sugere que a espécie teria feito uma longa viagem em busca de sobrevivência, quando os continentes ainda estavam todos unidos em uma única Pangeia. 

Apesar de ter se tornado o maior predador da região quando chegou a África, o animal não resistiu muito tempo e foi rapidamente vitimado pelo intenso impacto no ecossistema, o que impediu a fera de deixar descendentes. O Inostrancevia não foi o único impactado – acredita-se que até 90% das espécies que viveram naquela época foram dizimadas pelo evento que, ao longo de alguns milhões de anos, aumentou a temperatura da atmosfera e provocou desertificação e diminuição das taxas de oxigênio. 

O episódio devastador teve seu ponto positivo. Grande parte dos protomamíferos, dominantes naquele momento, foram dizimádos. O acontecimento deu vantagem para os répteis sobreviventes, mais adaptados ao clima extremo, o que permitiu o desenvolvimento dos dinossauros que, então, dominaram a Terra por 150 milhões de anos.

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