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Europa pode proibir clonagem de animais

Relatório da Comissão Europeia vai recomendar a proibição de clonagem de animais na Europa por cinco anos

Por The New York Times
Atualizado em 6 Maio 2016, 17h13 - Publicado em 15 out 2010, 17h52

Há pouca clonagem na Europa, em parte porque o processo é caro e também porque o público tem receio em relação ao produtos originários de animais clonados

Reguladores da União Europeia estão se preparando para propor regras para animais clonados mais pesadas que as dos Estados Unidos. Mas as regras tratam de evitar tensões comerciais ao permitir a importação de alimentos produzidos a partir da descendentes de clones, assim como a importação de sêmen e embriões de clones para melhorias genéticas.

O relatório da Comissão Europeia, aguardado para terça-feira (19), vai recomendar a proibição de clonagem de animais na Europa por cinco anos, assim como a importação de clones vivos, segunda uma pessoa informada sobre o relatório que falou sob a condição do anonimato.

As regras, que substituirão o atual mosaico de legislações e orientações da União Europeia, atendem à crescente preocupação na Europa sobre a clonagem e os alimentos depois que criadores na Suíça, Grã-Bretanha e possivelmente outros países importaram sêmen e embriões dos Estados Unidos para gerar animais mais produtivos.

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Os defensores do bem-estar dos animais afirmam que a clonagem resulta em sofrimento, incluindo partos difíceis. Também dizem que os animais clonados podem enfrentar problemas de saúde no futuro.

Fora da cadeia alimentar – As regras, caso aprovadas pelos países membros e pelo Parlamento europeu, poderão banir o uso de clones no suprimento de alimentos na Europa. Nos Estados Unidos, o departamento de Agricultura adotou uma abordagem diferente, ao pedir aos produtores que, voluntariamente, mantenham os animais clonados fora do cadeia alimentar agora para que possa gerenciar uma transição “ordenada e suave” para o mercado.

Em termos relativos, há pouca clonagem na Europa, em parte porque é um processo caro e também porque o público é cauteloso. Mas o rápido desenvolvimento da indústria em outros países preocupa os europeus, pois eles importam produtos lácteos e carne provenientes de países como os Estados Unidos, Canadá e Argentina. Os europeus também poderiam comer carne e alimentos lácteos de bovinos criados na Europa a partir de sêmen importado.

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Rastreamento de clones – Mesmo sim, a Comissão Europeia foi contrária à proibição de alimentos derivados de descendentes de clones, ou de proibir o uso de material genético de clones para emprenhar outros animais, porque seria muito difícil de rastrear e poderia prejudicar as relações comerciais. A comissão, no entanto, deve recomendar formas de melhorar o acompanhamento de materiais genéticos importados.

Os defensores dos animais rejeitam esses argumentos. “Sistemas de rastreabilidade da carne já estão em vigor”, disse Sonja Van Tichelen, diretor do Eurogroup for Animals, uma federação de defensores da qualidade de vida dos animais. “O comércio internacional continuará a crescer e nós devemos manter nossos padrões.”

A proibição não afeta a clonagem para fins de pesquisa científica ou nos casos em que é usada para impedir a extinção de espécies. Mas dependendo de como as regras sejam aplicadas, poderiam ter efeito sobre alguns criadores na Europa que já utilizaram a clonagem para produzir touros e que pretendem aplicá-la em outros animais de alto valor, como cavalos.

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Em outro sinal das dificuldades da Europa com a biotecnologia, os governos ameaçaram na quinta-feira lançar um plano separado da comissão para permitir a países individualmente proibir a plantação de culturas geneticamente modificadas. O ataque contra o projeto foi liderado pela França e pela Alemanha, que disseram que ele poderia violar as regras da Organização Mundial do Comércio.

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