Estudo mostra existência de cemitério de pterossauros no norte do Chile
Exemplares de répteis alados teriam atingido uma envergadura de mais de três metros e viveram há mais de 100 milhões de anos
Cientistas da Universidade do Chile publicaram um estudo nesta quarta-feira, 6, em que analisam a descoberta de um cemitério de pterossauros no deserto do Atacama, no norte do país, em uma localidade chamada de Cerro Tormento. A pesquisa, publicada na revista Cretaceous Research, revelou a existência de diferentes exemplares de répteis alados na região que teriam atingido uma envergadura de mais de três metros.
Jhonatan Alarcón, pesquisador que liderou a pesquisa, explica que esses verdadeiros dragões voadores da época dos dinossauros eram caracterizados por terem pescoços e focinhos alongados, com centenas de dentes finos e espaçados. Essas descobertas foram possíveis pelo exame de vários ossos desarticulados e bem preservados, incluindo fêmur, tíbia, úmero e vértebras cervicais.
Esses pterossauros teriam vivido no início do Cretáceo, entre 145 e 100,5 milhões de anos atrás. “Por enquanto, não sabemos a idade desses espécimes com maior precisão”, disse ele, em depoimento à Universidade do Chile. “Mas é necessário realizar um estudo das rochas em que os ossos estão preservados para ter uma ideia mais exata de sua antiguidade.”
Uma das principais hipóteses dos pesquisadores é a existência de uma relação entre essa colônia de pterossauros e os registros anteriormente descobertos no Cerro La Isla, mas localizado 65 quilômetros ao sul do Cerro Tormento. A descoberta de pterossauros da mesma família em ambos os locais confirma a presença desse grupo de répteis voadores no que hoje é o norte do Chile.