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Estudo mostra como agulhas paleolíticas moldaram os primórdios da moda

Ferramenta permitiu que funções das vestimentas extrapolassem o utilitarismo puro

Por Luiz Paulo Souza Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 28 jun 2024, 15h00
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  • Tornou-se senso comum dizer que moda não serve só para vestir. As roupas passam várias mensagens e podem desafiar o status quo ou declarar o pertencimento a um determinado grupo. Desde quando, então, deixaram de ter uma função apenas utilitária? Pesquisadores tentam responder a essa pergunta em um artigo científico sobre agulhas pré-históricas publicado nesta sexta-feira, 28. 

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    Quando as roupas passaram a comunicar mensagens?

    Por muito tempo, pinturas e marcações na pele foram as principais maneiras de comunicar posição social ou pertencimento a uma determinada tribo. Durante a última era glacial, no entanto, as pessoas precisaram ficar vestidas por mais tempo, impossibilitando a leitura desses sinais — assim, esse signos passaram a ter que ser incorporados às vestimentas. 

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    O que as agulhas têm a ver com isso?

    De acordo com os autores do artigo publicado periódico científico Science Advances, foi o surgimento da agulha com olho (o buraco para passar a linha), há 40 mil anos, que permitiu que as roupas fossem usadas, não só para evitar o frio, mas também para exibir ornamentos. “Agulhas com olhos teriam sido especialmente úteis para a costura fina necessária para decorar as roupas”, diz em comunicado o professor de arqueologia da Universidade de Sidney e responsável pela pesquisa, Ian Gilligan

    Até aquele momento, já existiam furadores de ossos que eram suficientes para manipular as roupas mais básicas. Durante o paleolítico, no entanto, esse furadores foram modificados com um pequeno buraco em uma das pontas, facilitando assim a costura com pequenos itens decorativos.

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    AGULHA COM OLHO - Primórdios da moda: ferramenta permitiu vestimentas mais ornamentadas
    AGULHA COM OLHO – Primórdios da moda: ferramenta permitiu vestimentas mais ornamentadas (Gilligan et al., Sci. Adv./Reprodução)

    A pesquisa sugere que essa foi uma revolução importante. “O uso regular de roupas permitiu a formação de sociedades maiores e mais complexas, já que as pessoas podiam se mudar para climas mais frios e, ao mesmo tempo, cooperar com sua tribo ou comunidade com base em estilos e símbolos de roupas compartilhados”, escrevem os pesquisadores. “Cobrir o corpo humano independentemente do clima é uma prática social que perdurou.”

    O impacto na economia foi grande. Estima-se que, em 2023, só o mercado da moda brasileiro tenha vendido mais de 6,5 bilhões de peças e que, em 2025, em todo o mundo, o faturamento desse setor chegue a 1 bilhão de dólares

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