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Empresa americana suspende programa pioneiro com células-tronco embrionárias contra paraplegia

A Geron iniciou o primeiro estudo clínico para o tratamento de pacientes com lesões na medula espinhal aprovado pelo FDA

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h54 - Publicado em 15 nov 2011, 17h41

A empresa de biotecnologia americana Geron cancelou o primeiro teste clínico de um tratamento contra a paraplegia baseado em células-tronco embrionárias humanas devido a seu alto custo, e decidiu se concentrar em dois novos remédios contra o câncer.

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CÉLULA-TRONCO

Célula capaz de se transformar (se diferenciar) em outra célula ou tecido especializado do corpo. Pode se replicar muitas vezes, diferente de outras células, como as do cérebro ou músculo.

CÉLULA-TRONCO EMBRIONÁRIA

Formada no blastocisto, aglomerado de células que forma o feto. Por ter o ‘objetivo’ de ajudar na criação e desenvolvimento de um novo organismo, pode se diferenciar em praticamente todos os tecidos do corpo.

A decisão coloca em suspensão o maior e mais antigo programa – iniciado há 13 anos – dedicado ao desenvolvimento de terapias baseadas em células-tronco embrionárias, capazes de se transformar em qualquer célula do organismo. A Geron é conhecida pela agressividade e por levar ao limite a pressão sobre o governo para que as pesquisas fossem aprovadas. Em outubro do ano passado, a estratégia, ao custo de milhões de dólares, deu resultado: a FDA (agência governamental americana que regula medicamentos e alimentos) aprovou pela primeira vez um estudo clínico usando células-tronco embrionárias.

O cancelamento do teste clínico, que buscava tratar da paraplegia provocada por lesões na medula espinhal, também levou a empresa com sede na Califórnia a demitir 66 funcionários, ou 38% de seu quadro de pessoal.

“A Geron planeja acabar com o recrutamento de voluntários para os testes clínicos do GRNOPC1 dedicado ao tratamento de lesões na medula espinhal”, destaca o site da empresa. “Mas a Geron tem a firme vontade de continuar com o acompanhamento dos pacientes que já participaram deste estudo, recompilando dados e informando à FDA (agência de medicamentos e alimentos dos EUA) e à comunidade médica sobre seus progressos”. A primeira paciente tratada pela Geron foi uma estudante de enfermagem, vítima de um acidente de trânsito em setembro de 2010.

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“O tratamento foi bem tolerado e não houve efeitos colaterais graves”, disse John Scarlett, presidente-executivo da Geron. “A decisão de interromper nossas atividades com células-tronco foi muito difícil, pois nossos programas de pesquisas e nosso sucesso neste campo são os mais avançados do mundo e amplamente reconhecidos.”

“No contexto atual de falta de recursos e de condições econômicas incertas, temos a intenção de concentrar nossos recursos na fase 2 de testes clínicos do Imetelstat (GRN163L) e do GRN1005, dois novos tratamentos experimentais promissores contra o câncer”.

Scarlett destacou que a Geron está “em busca de sócios que tenham recursos técnicos e financeiros para permitir a retomada do programa com células-tronco”, que manterá um pequeno grupo de funcionários até o segundo trimestre de 2012. Nos últimos quatro anos, a empresa acumulou 300 milhões de dólares em dívidas.

Outra empresa de biotecnologia americana, Advanced Cell Technology, de Boston, começou poucos meses depois um teste clínico baseado em células-tronco para tratar a cegueira.

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(Com Agência France-Presse)

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