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Doenças transmitidas por humanos modernos contribuíram para extinção dos neandertais, diz estudo

Infecções de vírus e bactérias de humanos vindos da África enfraqueceram os neandertais, impedindo que a espécie saísse em busca de comida

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 15h57 - Publicado em 11 abr 2016, 15h26
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  • Humanos modernos que migraram da África para a Europa podem ter transmitido doenças aos neandertais, contribuindo para sua extinção. É o que sugere um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido. Segundo os cientistas, neandertais contraíram bactérias, vírus e vermes que causaram úlceras estomacais e herpes genitais, além de tuberculose e tênias. A infecção enfraqueceu os hominídeos, impedindo que a espécie saísse em busca de comida.

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    Para realizar o estudo, publicado no último domingo na revista científica American Journal of Physical Anthropology, cientistas da Universidade de Cambridge, em conjunto com a Universidade de Oxford Brookes, analisaram genomas de organismos patogênicos ancestrais, além de amostras de ossos antigos. Assim, os especialistas identificaram que algumas doenças infecciosas podem ter surgido na humanidade milhares de anos antes do que se supunha, desempenhando importante papel na extinção dos neandertais.

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    Extinção – Até o momento, os pesquisadores contavam com dois dados: que humanos e neandertais se encontraram em algum momento da história e que os humanos modernos teriam passado doenças contraídas na África para outros hominídeos. Com as novas informações, os pesquisadores sugerem que, quando a espécie moderna migrou da África para a Europa em pequenos grupos, levou da África bactérias e vírus desconhecidos dos Neandertais, fortalecido apenas contra doenças europeias. “Para a população de neandertais na Europa, adaptada às doenças infecciosas do ambiente em que estavam, a exposição a patógenos da África pode ter sido catastrófica”, disse Charlotte Houldcroft, da divisão de Antropologia Biológica da Universidade de Cambridge.

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    Para os cientistas, uma das principais apostas entre os possíveis causadores do enfraquecimento dos neandertais é a Helicobacter pylori, uma bactéria que causa úlcera estomacal que pode ter infectado humanos na África entre 88.000 a 116.000 anos atrás, chegando à Europa há aproximadamente 52.000 anos. As evidências mais recentes sobre a morte dos neandertais apontam que a extinção ocorreu há 40.000 anos.

    Animais e humanos – As análises dos pesquisadores colocam em cheque teorias de que as doenças infecciosas surgiram há 8.000 anos com a evolução da agricultura – que trouxe a pecuária e, junto com ela, o maior contato entre humanos e animais. Sendo assim, doenças que comumente eram conhecidas por terem passado de animal para homem, podem, na verdade, ter infectado humanos anos antes e ter sido passada para os animais.

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