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Departamento de Agricultura dos EUA encerra testes com gatos como cobaias

Estima-se que o órgão do governo americano sacrificou mais de 3 mil animais desde 1982, em pesquisas sobre a evolução da toxoplasmose

Por Da Redação Atualizado em 3 abr 2019, 02h29 - Publicado em 3 abr 2019, 02h23

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos anunciou, nesta terça-feira, 2, que não utilizará mais gatos em pesquisas sobre toxoplasmose que envolviam contaminação forçada e posterior sacrifício. Estima-se que mais de 3 mil animais foram mortos pela prática desde 1982.

Por mais de três décadas, em um laboratório em Beltsville, perto de Washington DC, cientistas alimentaram gatos e cachorros adultos com carne possivelmente contaminada com o parasita toxoplasma gondii, segundo informações da ONG White Coat Waste Project (WCW), que milita contra o uso de animais em testes científicos.

Em seguida, os pesquisadores analisavam as fezes dos animais para identificar a presença de toxoplasmose (um parasita que só é encontrado em gatos). Após três semanas, sacrificavam todos eles, incluindo aqueles que estavam saudáveis.

Em maio de 2018, a WCW denunciou que pelo menos 3 mil gatos que serviram de cobaia foram mortos desde 1982. O programa de pesquisa não era necessariamente secreto, mas permanecia fora do conhecimento público em geral.

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“Estamos absolutamente satisfeitos pelos gatos estarem agora fora de perigo”, declarou Justin Goodman, vice-presidente da ONG, após o anúncio do fim da prática.

Outro relatório da mesma entidade revelou que durante uma década, até 2015, o departamento também comprou centenas de gatos e cachorros mortos na China, Vietnã, Etiópia, Colômbia e outros países para alimentar seus gatos e outros animais.

Após a investigação da WCW em 2018, os legisladores democratas e republicanos apresentaram projetos de lei para terminar com esta dinâmica, aprovando finalmente a “Kitten Law” (“lei do gatinho”, em tradução literal) no Congresso americano.

Diante desta pressão, o departamento de Agricultura assegurou que “o uso de gatos como parte de qualquer protocolo de pesquisa em qualquer laboratório ARS (do Serviço de Pesquisa Agrícola) será descontinuado e não será reincorporado”.

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Em um comunicado, a entidade do governo americano destacou que as pesquisas contribuíram para reduzir pela metade a taxa de pessoas infectadas com o parasita, perigoso para as mulheres grávidas e potencialmente mortal.

Quarenta milhões de americanos podem estar infectados com toxoplasmose sem apresentar os sintomas. A melhor maneira de evitar a infecção é cozinhar bem a carne e lavar as mãos após qualquer contato com gatos.

Os 14 felinos que ainda estão em laboratórios do departamento de Agricultura serão adotados por funcionários.

(Com AFP)

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