Eles não reclamam, dificilmente choram e nunca apontam onde está o incômodo. Infelizmente, isso não significa que o melhor amigo do homem seja imune à dor. “Muitas vezes, o dono só percebe que há um problema depois de o animal passar vários dias sem comer, o que significa que a dor já atingiu um nível intenso”, explica a veterinária Fernanda Fragata, diretora do Hospital Veterinário Sena Madureira, em São Paulo.
Leia também:
Como distrair e acalmar animais que ficam sozinhos
Quais raças de cachorro combinam com seu estilo de vida?
Além de evitar o sofrimento prolongado, o diagnóstico precoce só traz benefícios. Afinal, é mais fácil e eficiente tratar doenças em estágio inicial, associando medicamentos a sessões de fisioterapia ou acupuntura. E, assim como acontece com os seres humanos, não há bom humor que resista à dor crônica. “Uma dor de dente, por exemplo, pode ser a causa do temperamento agressivo, e o tratamento pode revelar um novo animal, mais dócil ou brincalhão”, diz o veterinário Eduardo Schmidt, sócio do Hospital Veterinário Rebouças, em São Paulo.
A dor também pode ser sazonal: as baixas temperaturas, por exemplo, aumentam a sensibilidade à dor, em especial quando sua origem está nas articulações. Portanto, para evitar que os cãezinhos sofram em silêncio, é importante ficar atento aos sinais que eles enviam quando algo está errado. Além dos sintomas genéricos que indicam que algo está errado, como apatia, tremor e falta de apetite, há outras manifestações sutis de dor que podem indicar problemas específicos.