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Cirurgia bariátrica pode ser a única saída para obesos diabéticos

A cirurgia bariátrica para restringir a ingestão de alimentos parece ser a única salvação para pessoas com sobrepeso e obesidade que sofrem de diabetes, segundo dois estudos publicados nesta segunda-feira. O primeiro estudo, denominado STAMPEDE, foi feito nos Estados Unidos com 150 pessoas em graus diferentes de obesidade e apresentado na conferência anual do American […]

Por Por Jean-Louis Santini
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h41 - Publicado em 27 mar 2012, 17h27
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  • A cirurgia bariátrica para restringir a ingestão de alimentos parece ser a única salvação para pessoas com sobrepeso e obesidade que sofrem de diabetes, segundo dois estudos publicados nesta segunda-feira.

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    O primeiro estudo, denominado STAMPEDE, foi feito nos Estados Unidos com 150 pessoas em graus diferentes de obesidade e apresentado na conferência anual do American College of Cardiology (ACC, na sigla em inglês), realizada desde sábado.

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    O segundo estudo foi feito na Itália com 60 diabéticos com sobrepeso ou obesidade e idades entre 30 e 60 anos.

    Os dois testes clínicos foram publicados simultaneamente na versão digital da revista médica New England Journal of Medicine.

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    “Durante quase um século tratamos o diabetes com pílulas e injeções (de insulina) e o estudo STAMPEDE é um dos primeiros a demonstrar que a cirurgia bariátrica em alguns pacientes poderia ser muito mais eficaz do que os remédios”, afirmou Philip Schauer, professor de cirurgia na Clínica Cleveland (Ohio, norte), que chefiou este teste clínico.

    É chamado de cirurgia bariátrica o conjunto de intervenções cirúrgicas para tratar a obesidade.

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    O especialista também insistiu em que o diabetes, uma verdadeira epidemia, é um fator importante de risco cardiovascular.

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    Para o estudo STAMPEDE, os 150 participantes, 66% deles mulheres, com idade média de 49 anos, foram divididos em três grupos.

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    O primeiro foi submetido a um tratamento médico intensivo que combinava exercícios, dieta e medicação.

    O segundo grupo, além de tomar remédios contra a diabetes, foi submetido a uma cirurgia de ‘bypass’ gástrico, que implicou na redução do estômago a 2% ou 3% de seu volume original e na criação de um desvio no trato digestivo para diminuir a absorção dos alimentos.

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    O terceiro grupo, além de tomar medicação, foi submetido a uma gastrectomia para reduzir o volume do estômago entre 75% e 80%.

    Um ano depois, os participantes que tinham sido submetidos a um ou outros procedimentos bariátricos tiveram de três a quatro vezes mais probabilidades de controlar seu diabetes do que o grupo de controle.

    Além disso, os pacientes dos dois últimos grupos perderam muito mais peso e reduziram sua dependência em remédios contra o diabetes.

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    “A melhora entre os que se submeteram às duas intervenções cirúrgicas foi tão rápida que muitos pacientes poderão parar de tomar a medicação para diabetes antes de deixar o hospital”, disse Schauer.

    Segundo ele, este enfoque poderia representar grandes mudanças no tratamento de alguns pacientes diabéticos, muitos dos quais nunca conseguiram controlar a doença.

    Os resultados do segundo estudo clínico, feito por Mingrone Geltrude, da Universidade Católica de Roma, também foram animadores.

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    Dois anos depois das intervenções, não se observou nenhum tipo de remissão do diabetes no grupo de controle. Ao contrário, 75% das pessoas que se submeteram à cirurgia de ‘bypass’ gástrico e os 95% que passaram por outros procedimentos cirúrgicos superaram o diabetes.

    Para Schauer, os resultados sugerem que até mesmo os pacientes que são realmente obesos poderiam se beneficiar destas intervenções.

    Mas, as cirurgias não são isentas de risco, continuou o especialista, destacando uma taxa maior de complicações nos dois grupos.

    Em editorial publicado na revista científica The New England Journal of Medicine, Paul Zimmet, do Instituto Baker do Coração e do Diabetes de Melbourne (Austrália) disse que “estes dois estudos provavelmente revolucionem o tratamento do diabetes”.

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