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Cientistas descobrem o mistério da superfície escura de Mercúrio

O estudo, publicado na 'Nature Geoscience', revela que a incomum superfície escura do planeta pode ter surgido após cometas se chocarem contra o solo

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 15h58 - Publicado em 8 mar 2016, 15h35

Pesquisadores descobriram que a misteriosa superfície negra de Mercúrio é uma camada de carbono. O estudo, publicado pela Nature Geoscience na última segunda-feira, revela que a incomum superfície escura do planeta pode ter surgido após cometas se chocarem contra o solo de Mercúrio. O atrito fez com que uma antiga camada do planeta, formada de carbono, fosse desenterrada. A descoberta pode ajudar os pesquisadores a estudar melhor a origem dos planetas e de todo o Sistema Solar.

Utilizando os últimos dados colhidos pela sonda Messenger, da Nasa, os pesquisadores liderados por Patrick Peplowski, do Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory, analisaram a distribuição do carbono na superfície do planeta. Desta forma, os especialistas identificaram que as partes mais escuras eram as que tinham maior concentração de carbono, indicando que essa camada do material já estava no solo e negando a teoria anterior de que essas partículas teriam sido lançadas após o choque de cometas no espaço.

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A equipe de cientistas americanos acredita que o carbono encontrado está em forma de grafite. Por ter identificado o material apenas em volta de grandes crateras causadas por impacto, eles acreditam que o elemento deve estar assentado sob a superfície de Mercúrio.

Com base nos resultados obtidos, os americanos estão quase certos de que, quando jovem, o planeta foi abrigo de um grande oceano de magma. Conforme o planeta envelheceu, essa camada esfriou e os materiais mais pesados (e antigos) foram para o fundo da superfície. Como o grafite é considerado leve, ele poderia ter flutuado e originado essa camada de carbono observada pelos pesquisadores.

“A abundância de carbono na superfície sugere que podemos estar vendo restos da crosta original de Mercúrio. Esse resultado é mais uma prova do sucesso fenomenal da missão Messenger e mostra como os planetas têm formações diferentes de seus vizinhos. Além disso, a nova descoberta fornece informações adicionais sobre a origem e a evolução inicial do Sistema Solar”, disse Larry Nittler, do Carnegie Science Center, coautor e um dos principais investigadores da missão Messenger.

(Da redação)

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