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Cientistas descobrem colônia de ursos-de-óculos no Peru

Pesquisadores identificaram 37 animais no meio selvagem. Espécie está ameaçada de extinção

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h58 - Publicado em 6 out 2011, 12h54

Uma colônia de ursos-de-óculos foi descoberta no parque arqueológico e ecológico no Peru. O achado é uma rara oportunidade para conhecer o comportamento de uma espécie ameaçada de extinção. A pesquisa foi iniciada há cinco anos e é dirigida pela bióloga canadense Robyn Appleton e uma equipe de três pesquisadores peruanos, com a coordenação do museu arqueológico de Sicán.

Os pesquisadores conseguiram identificar 37 ursos-de-óculos com o uso de câmeras, armadilhas não letais e observações de campo. “Antes se pensava que os ursos estavam apenas em áreas protegidas, mas graças a esta pesquisa descobrimos que estes animais também procuram as florestas de sapoti, nas partes baixas da região”, afirmou o pesquisador José Vallejos.

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URSOS-DE-ÓCULOS

Também conhecidos como ursos-andinos, os ursos de óculos são uma espécie de mamíferos carnívoros da família dos ursídeos, os únicos na América do Sul. De coloração negra ou café, com manchas brancas nos olhos, costumam medir entre 1m30 e 1m90, e pesar entre 80 e 125 quilos.

O estudo pretende documentar os comportamentos, o uso sazonal de habitats, a alimentação, a disposição de fontes de água e a criação dos filhotes para aplicar novas medidas que assegurem a proteção da espécie. Uma das medidas foi a própria criação da reserva do Batán Grande, em abril de 2010, no noroeste do Peru.

Além disso, em 2008, a organização “Spectacled Bear Conservation”, da qual fazem parte os pesquisadores, e a associação de criadores de gado da área, construíram uma cerca de dez quilômetros para proteger a região do estudo, com placas que informavam sobre a proibição de caçar animais em perigo de extinção.

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É possível que estas medidas tenham contribuído para a reprodução da espécie. De acordo com Vallejos, recentemente foram descobertas três ursas com seus filhotes em cavernas. “Estamos tomando nota do tempo que passam fora e dentro das cavernas e as atividades que mães e filhos desenvolvem. O mais importante de tudo é que isto está sendo feito em estado silvestre”, destacou. Segundo Vallejos, o estudo também procura determinar as taxas de sobrevivência e reprodução dos ursos-de-óculos a fim de reproduzi-lo em outras áreas do país.

No entanto, ainda há muito a descobrir. Os analistas estão tentando conhecer a distribuição dos ursos no espaço colocando colares de localização com GPS em quatro deles. “Com esta medida podemos monitorar a locomoção dos animais percorrem”, explicou Vallejos. A equipe pretende colocar os colares em dez ou 12 ursos, entre fêmeas e machos.

De acordo com as pesquisas, os principais fatores que influenciam na redução da população dos ursos são a caça ilegal e a devastação do sapoti. Fundamental na dieta dos ursos, o sapoti é explorado para a fabricação de goma de mascar. A organização “Spectacled Bear Conservation” tem como objetivo a longo prazo desenvolver um programa de oficinas e outras atividades que promovam a preservação do meio ambiente entre os habitantes locais.

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(Com agência EFE)

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