Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Cientistas demonstram comunicação direta entre cérebros

A tecnologia foi testada com duas pessoas que estavam a cerca de 8.000 quilômetros de distância uma da outra — uma na França e outra na Índia

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h10 - Publicado em 5 set 2014, 20h49

Um grupo de neurocientistas e especialistas em robótica demonstrou que a comunicação direta entre cérebros é possível. A pesquisa, publicada em agosto no periódico Plos One, promoveu a transmissão de palavras, com o auxílio de computadores e da internet. A tecnologia foi testada com pessoas que estavam a cerca de 8.000 quilômetros de distância umas das outras – na França e na Índia.

“Nós queríamos descobrir se seria possível fazer a comunicação direta entre duas pessoas captando a atividade cerebral de um indivíduo e transmitindo a outro bem longe dali”, disse Alvaro Pascual-Leone, professor de neurologia da Faculdade de Medicina de Harvard. De acordo com Pascual-Leone, o objetivo dos pesquisadores era testar a possibilidade de uma nova forma de comunicação, na qual não fosse preciso falar ou digitar – e eles conseguiram.

Estudos anteriores já estabeleceram comunicação entre o cérebro humano e o computador. Nesses casos, eletrodos presos no couro cabeludo de uma pessoa captam as correntes elétricas do cérebro enquanto ela pensa em uma ação, como mover um braço ou perna. O computador então interpreta o sinal recebido, e um robô executa o movimento, por exemplo. Na nova pesquisa, porém, outro humano era o interlocutor.

Leia também:

Cientistas criam primeira interface para conectar cérebros humanos ​

Continua após a publicidade

​Pesquisa de Miguel Nicolelis dá a largada para criar ‘internet cerebral’

Comunicação – Quatro voluntários, entre 28 e 50 anos, participaram do estudo, sendo um deles o emissor da mensagem, e os outros três, receptores. Usando o eletroencefalograma, os pesquisadores captaram a atividade cerebral do indivíduo transmissor, localizado na Índia, equivalente à pronúncia das palavras “hola” e “ciao” e as traduziram para o código binário (linguagem composta por 0 e 1). Eles então enviaram esse código para a França, onde estavam os participantes que receberiam a mensagem.

Uma interface computador-cérebro transmitiu a mensagem para os três receptores, por meio de estimulação não-invasiva. Os receptores visualizaram um fenômeno conhecido como fosfeno, caracterizado pela sensação de ver manchas luminosas mesmo na ausência de luz. Essas pessoas haviam sido treinadas para “traduzir” as manchas para 1 ou 0 conforme o lugar em que elas se formavam. Assim, eles conseguiram reconstituir as palavras transmitidas.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.