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CERN adia conclusões empíricas sobre a ‘partícula de Deus’

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h51 - Publicado em 13 dez 2011, 12h22

Genebra, 13 dez (EFE).- Os cientistas do Atlas, um dos experimentos que buscam no Centro Europeu para Pesquisas Nucleares (CERN) o Bosón de Higgs – conhecido também como ‘a partícula de Deus’ – afirmou nesta terça-feira que é ‘muito cedo para tirar conclusões’.

‘São necessários mais dados e estudos, mas acho que os meses que virão serão apaixonantes’, disse a porta-voz do Atlas, Fabiola Gianotti, em um seminário científico na sede do CERN, em Genebra.

Fabiola acrescentou que o experimento para encontrar a partícula que ajudaria a explicar a origem da massa ‘está em uma etapa muito avançada’, mas insistiu que é preciso continuar trabalhando.

A apresentação dos resultados do ATLAS e do CMS, os dois detectores (de um total de quatro) do Grande Acelerador de Hádrons (LHC, na sigla em inglês) que buscam paralelamente a partícula de Higgs, despertou uma grande expectativa na comunidade científica e na imprensa, que lotaram as instalações do CERN.

O porta-voz do CMS, Guido Tonelli, acrescentou que o que será apresentado hoje são ‘resultados preliminares, não finais’, mas assegurou que o constatado até agora é ‘um ponto de partida importante’.

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No entanto, fontes científicas do CERN consultadas pela Agência Efe foram além da cautela oficial e disseram que pelas experiências realizadas nos últimos meses ‘foram vistos indícios da existência do que pode ser a partícula’.

‘Podemos considerar que há indícios, mas não dizer que houve um descobrimento do ponto de vista científico’, explicaram as fontes.

‘Estatisticamente, não se conta ainda com evidências suficientes. É preciso todo um ano de trabalho em 2012 e triplicar a quantidade de dados que se têm até agora para poder dizer se existe ou não, inclusive se estamos buscando no lugar adequado ou não’, agregaram.

Provar empiricamente a existência do bóson de Higgs, postulada em 1964 pelo físico Peter Higgs, teria um enorme impacto na ciência, já que se trata da única partícula elementar do modelo padrão que não foi observada até agora.

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Essa partícula explicaria as interações entre o resto das partículas e as forças que atuam entre elas, o que por sua vez permitiria compreender a origem da massa. Acredita-se que se ela ainda não foi evidenciada porque não houve a energia necessária para torná-la visível em experiências físicas, o que o LHC conseguiu ao acelerar feixes de prótons em sentidos opostos a mais de 99,9% da velocidade da luz antes que colidisse.

No acelerador – um anel de 27 quilômetros de circunferência e dotado de quatro gigantescos detectores colocados entre 50 e 150 metros abaixo da terra – são geradas 20 milhões de colisões por segundo, mas de todos elas uma ínfima parte obtém dados que passam o primeiro filtro de análise.

São os dados que passam essa primeira etapa que ficam registrados na memória de milhares de computadores, tanto do CERN como da rede de laboratórios e centros de pesquisa associados em todo o mundo para serem posteriormente analisados. EFE

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