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Babuínos são capazes de balbuciar e emitir sons semelhantes à fala humana, diz estudo

De acordo com pesquisador, os movimentos labiais dos babuínos-gelada podem ajudar a explicar o desenvolvimento da fala

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h21 - Publicado em 8 abr 2013, 19h12
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  • Um pesquisador americano observou pela primeira vez que os babuínos-gelada (Theropithecus gelada) são capazes de balbuciar e produzir sons semelhantes à fala humana. De acordo com Thore Bergman, da Universidade de Michigan, a descoberta sugere que movimentos rápidos de abrir e fechar os lábios ou mover a língua, conhecidos em inglês como “lip-smacking”, sejam uma das etapas evolutivas que levaram ao desenvolvimento da fala humana. “Esse caminho evolutivo é no mínimo plausível”, diz o pesquisador.

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    CONHEÇA A PESQUISA

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    Título original: Speech-like vocalized lip-smacking in geladas

    Onde foi divulgada: periódico Current Biology

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    Quem fez: Thore J. Bergman

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    Instituição: Universidade de Michigan, EUA

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    Resultado: O pesquisador analisou os sons produzidos pelos babuínos-gelada e observou que o ritmo e as mudanças de tom e volume dos sons produzidos por eles são semelhantes à fala humana.

    De acorco com Bergman, pouca atenção é dada às particularidades da fala. “A maior parte das pessoas deduz que os complexos movimentos bucais necessários à fala simplesmente apareceram gradualmente à medida que a linguagem se tornava mais complexa”, afirma o pesquisador.

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    O “lip-smacking” é um fenômeno visual, de movimento dos lábios, que por si só não produz som. Diversos primatas produzem os movimentos labiais conhecidos como “lip-smacking”, mas os geladas são os únicos animais que já foram descritos vocalizando ao mesmo tempo em que realizam esses movimentos, o que gera a produção de sons articulados, que soam como balbucios humanos.

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    Sons humanos – Bergman começou a se interessar pelos sons produzidos pelos geladas durante um trabalho de campo em 2006. “Eu me pegava olhando por cima do ombro frequentemente para ver quem estava falando comigo, mas só havia os geladas”, conta o autor. Em maio do ano passado ele publicou um artigo no periódico Current Biology propondo a vocalização combinada com o movimento dos lábios como um passo inicial para a evolução da fala humana.

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    Em seu novo artigo, publicado nesta segunda-feira, também no periódico Current Biology, Bergman analisou gravações dos sons emitidos pelos geladas, chamados de “balbucios” (em inglês, wobbles) e descobriu que eles possuem um padrão semelhante à fala dos seres humanos, no que se refere ao ritmo e mudanças rápidas de tom e volume. Isso ocorre porque o ritmo, tanto da fala quanto dos sons emitidos pelos geladas, corresponde à abertura e o fechamento de partes da boca.

    Além disso, o pesquisador afirma que o balbucio dos geladas é usado em interações sociais, assim como a linguagem humana, pois os primatas produzem esse tipo de som quando estão em situações amigáveis.

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