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Aves primitivas voavam com quatro asas, diz estudo

Após analisar fósseis com mais de 100 milhões de anos, paleontólogos chineses afirmam que aves primitivas possuíam penas nos membros traseiros, que auxiliavam no voo

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h22 - Publicado em 15 mar 2013, 19h39

Algumas aves primitivas possuíam dois pares de asas, que as auxiliariam no voo. O segundo par seria, na verdade, as patas desses animais cobertas de penas. Essa é a conclusão de um grupo de paleontólogos chineses, após analisar fósseis com mais de 100 milhões de anos. O estudo foi publicado nesta sexta-feira, na revista cientifica Science.

Conheça a pesquisa

TÍTULO ORIGINAL: Hind Wings in Basal Birds and the Evolution of Leg Feathers

ONDE FOI DIVULGADA: revista Science

QUEM FEZ: Xiaoting Zheng, Zhonghe Zhou, Xiaoli Wang, Fucheng Zhang, Xiaomei Zhang, Yan Wang, Guangjin Wei, Shuo Wang e Xing Xu

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INSTITUIÇÃO: Universidade de Linyi, China

RESULTADO: Analisando 11 fósseis de aves primitivas, de 100 a 150 milhões de anos, os pesquisadores descobriram que elas possuíam penas em seus membros inferiores, que provavelmente eram usados como auxílio durante o voo.

Para os pesquisadores, o processo evolutivo teria feito com que o segundo par de asas assumisse a função de patas traseiras, que passaram a apresentar penas menores com o tempo. Pesquisas anteriores tinham descoberto aves similares a dinossauros com penas nas extremidades traseiras, mas as provas eram poucas no caso dos pássaros.

O paleontólogo Xing Xu já havia defendido a ideia dos dois pares de asas em 2003. Em um estudo publicado na revista Nature, ele descreveu o Microraptor gui, espécie de dinossauro que teria, além das asas, penas nas patas de trás. Para os pesquisadores, essas asas auxiliares seriam utilizadas para planar de árvore em árvore. Essa descoberta reforça a hipótese de que as aves teriam evoluído a partir dos dinossauros.

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Evolução – No estudo atual, foram analisados 11 fósseis de aves primitivas, de 100 a 150 milhões de anos, encontrados no Museu de História Natural de Shandong Tianyu, na China. De acordo com Xing Xu, integrante do grupo de pesquisadores, os 11 pássaros estudados são de cinco espécies relativamente robustas – maiores que um corvo, mas menores que um peru. Os pesquisadores acreditam que as asas traseiras poderiam ter ajudado essas aves a manobrar no ar, enquanto batiam as asas dianteiras para voar ou as esticavam para planar.

Para os autores, o fato de as aves modernas utilizarem as pernas para locomoção indica que a perda do segundo par de asas reflete um período de mudança no qual os ‘braços’ se especializaram no voo e as pernas na locomoção terrestre.

Controvérsias – Outros especialistas, no entanto, não estão tão certos de que as penas das patas tenham sido usadas para voar e destacam que poderiam ter sido usadas com outros fins, como por exemplo, atrair possíveis parceiras. “Ninguém pensa que estes animais agitavam as patas como faziam com as asas”, disse Kevin Padian, professor de Biologia Integrativa da Universidade da Califórnia em Berkeley e um dos especialistas que revisaram o estudo antes de sua publicação.

Segundo ele, “os autores não fazem ou citam nenhuma pesquisa que apoie uma hipótese de que as penas contribuíram para nenhum tipo de voo”, mas o ponto positivo da pesquisa seria mostrar como as penas das patas mudaram com o tempo.

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(Com Agência France-Presse)

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