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Astrônomos estão perto de encontrar novo planeta no sistema solar

Cientistas franceses traçaram direções precisas para que os telescópios consigam visualizar o que seria o nono componente do sistema solar. O "planeta Nove" deve estar entre 32 bilhões e 160 bilhões de quilômetros de distância da Terra

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 15h58 - Publicado em 26 fev 2016, 13h37
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  • Os astrônomos franceses conseguiram traçar direções precisas para que os telescópios consigam visualizar o que seria o nono planeta do sistema solar. Usando dados da sonda Cassini, que orbita Saturno desde 2004, os pesquisadores elaboraram os cálculos matemáticos de cientistas americanos, que indicaram a presença do novo planeta, e deram um passo além, definindo as áreas específicas para onde os telescópios devem ser apontados para enxergá-lo. De acordo com o estudo publicado na última edição da revista científica Astronomy and Astrophysics, se o novo planeta existir, agora ele poderá ser visto.

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    “Tendo em vista o que sabemos sobre os movimentos dos planetas do sistema solar, nossos trabalhos nos permitem dizer que é possível que esse nono planeta exista, mas não em qualquer lugar”, disse Jacques Laskar, astrônomo do Observatório de Paris, à AFP.

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    Descoberta – Em 20 de janeiro, Konstantin Batygin e Mike Brown, do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech, na sigla em inglês), anunciaram que um novo planeta, muito grande e muito distante, poderia existir em nosso sistema solar. Os especialistas se apoiaram em modelos matemáticos e simulações computacionais para identificar a existência do planeta Nove.

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    “Podíamos ficar quietos e passar os próximos cinco anos procurando nós mesmos pelos céus, esperando achar o planeta Nove. Mas eu gostaria que alguém o encontrasse mais cedo”, disse Mike Brown na ocasião da descoberta. “Eu quero vê-lo. Quero ver como ele se parece. Quero entender onde ele está, e eu acho que isso vai ajudar.”

    Dotado de uma massa de cerca de dez vezes a da Terra, esse planeta se encontraria numa órbita vinte vezes mais distante do que a de Netuno e levaria entre 10.000 e 20.000 anos para completar sua volta em torno do Sol. A principal dificuldade dos americanos de identificar o local foi a distância: estima-se que o “nono planeta” esteja de 32 bilhões a 160 bilhões de quilômetros de distância da Terra. Além disso, por estar mais longe do Sol, sua visibilidade é menor.

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    Novidades – Os pesquisadores franceses tiveram a ideia de acrescentar esse nono planeta, ainda virtual, aos modelos de estudo do sistema solar. “Fizemos a suposição da existência de um planeta na órbita proposta pelos americanos e olhamos a influência que ele teria sobre os outros planetas”, explica Laskar. Assim, os cientistas conseguiram calcular qual a influência que o nono planeta exerceria no movimento de outros planetas em razão da atração gravitacional entre os corpos celestes.

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    Após observar o comportamento dos planetas, Laskar e sua equipe utilizaram um método de exclusão. Eles identificaram duas zonas em que o planeta Nove não poderia existir, pois seus efeitos seriam incompatíveis com os dados da sonda Cassini. Ao utilizar esse método, a equipe conseguiu excluir 50% das áreas estudadas. “Nós dividimos o trabalho por dois.” Antes da pesquisa, a comunidade científica não sabia para onde mirar.

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    Os pesquisadores trabalharam sobre dados obtidos pela missão Cassini até 2014. “Esses resultados poderiam ser melhorados se o trabalho da sonda fosse prolongado até 2020”, afirma Laskar. Por enquanto, está previsto que a sona Cassini, fabricada pela Nasa em colaboração com a Agência Espacial Europeia (ESA), termina sua missão em 2017.

    “Isso vai levar tempo, talvez cinco anos, pois é preciso comparar as imagens do céu espaçadas de um a vários anos para confirmar que o objeto está na órbita prevista pelos cientistas americanos”, afirmou Francis Rocard, responsável pelos programas de exploração do sistema solar na agência espacial francesa CNES.

    (Com AFP)

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