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Astrônomos encontram estrelas ejetadas da Via Láctea

Astros teriam sido arremessados a três milhões de quilômetros por hora

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h38 - Publicado em 1 Maio 2012, 16h40

Astrônomos encontraram 675 estrelas no espaço intergaláctico que teriam sido ejetadas da Via Láctea na direção da galáxia de Andrômeda, a 2,6 milhões de anos-luz. Essas estrelas estavam no núcleo da Via Láctea e foram arremessadas em altíssima velocidade: mais de três milhões de quilômetros por hora. O estudo, que ajuda a entender a história e evolução da Via Láctea, foi publicado no periódico Astronomical Journal.

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BURACOS NEGROS

Corpos tão densos que a força da gravidade existente não deixa escapar nada – nem sequer a luz -, engolindo matéria visível e invisível aos olhos humanos (matéria escura). Alguns podem ter o tamanho de uma estrela, e por isso se supõe que procedem da explosão de uma estrela gigante. Outros, no entanto, têm o tamanho equivalente ao de bilhões de sóis e são denominados ‘supermassivos’.

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GALÁXIAS

A definição do que é uma galáxia não é consenso entre os astrônomos. Mas a maioria concorda que o ‘amontoado’ de estrelas, planetas e nuvens de gás e poeira deve obedecer a alguns critérios: presença de estrelas próximas pela ação da gravidade, sistema estável, diversidade de estrelas, influência da matéria escura e dominância em relação aos ambientes que estão próximos.

Para uma estrela ser ejetada da galáxia, ela precisa ser arremessada com uma força colossal, capaz de colocá-la a mais de três milhões de quilômetros por hora. Nessa velocidade seria possível fazer uma viagem entre São Paulo e Rio de Janeiro em meio segundo. De acordo com os astrônomos, o único corpo capaz de lançar estrelas para fora da Via Láctea é o buraco negro massivo que cientistas acreditam estar no centro da galáxia. Seu campo gravitacional é capaz de acelerar as estrelas a altíssimas velocidades – efeito similar ao de uma sonda que pega impulso na gravidade terrestre para ser enviada a um planeta distante.

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Os cientistas da Universidade de Vanderbilt, nos Estados Unidos, escolheram 675 estrelas entre milhões catalogadas no Sloan Digital Survey, a imagem mais detalhada do universo já feita. “Sabíamos que elas estavam lá, fora da galáxia, mas nunca foram estudadas. Decidimos tentar”, disse Kelly Holley-Bockelmann, coautora do estudo.

Para dizer que as estrelas foram ejetadas da Via Láctea, os astrônomos estudaram algo chamado “metalicidade” da estrela. Trata-se da proporção de elementos químicos diferentes de hidrogênio e hélio que o astro brilhante possui. Se uma estrela tem metalicidade alta, quase sempre indica que ela veio do núcleo de uma galáxia. Estrelas velhas ou no subúrbio galáctico tendem a apresentar metalicidade baixa.

As 675 estrelas do estudo são gigantes vermelhas com alta metalicidade. Como esse fator indica astros próximos do núcleo galáctico, os astrônomos acreditam que essas estrelas foram arremessadas para fora da Via Láctea. As gigantes vermelhas são estrelas que um dia foram pequenas e amarelas como o Sol e estão no fim da vida.

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Antes de serem arremessadas para fora da Via Láctea, contudo, os astros brilhantes eram parecidos com o Sol. As estrelas envelheceram à medida que deixaram a nossa galáxia. Mesmo a velocidades altíssimas, uma estrela levaria 10 milhões de anos para sair do centro da galáxia até o limite, a 50.000 anos-luz.

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