Paris, 15 mar (EFE).- Uma equipe de astrônomos descobriu que um asteroide de 50 metros de diâmetro passará muito próximo à Terra em 2013, mas não deverá trazer nenhuma ameaça ao planeta, informou nesta quinta-feira a Agência Espacial Europeia (ESA).
Batizada como 2012 DA14, a rocha passará mais próxima da Terra do que muitos satélites comerciais e, por isso, que a ESA ressalta a ‘necessidade de vigiar de forma sistemática’ o entorno do planeta, já que existem mais de 500 mil objetos próximos de sua órbita.
O ‘incomum asteroide’ foi descoberto no último dia 22 de fevereiro pelo observatório LSSS (A Sagra Sky Survey), situado no sudeste da Espanha.
Segundo Jaime Nomen, um dos descobridores, ‘o objeto é bastante difícil de ser observado por causa de sua trajetória, sua grande velocidade angular, seu tênue brilho e as características de sua órbita’, que passa muito acima do plano orbital da Terra e, por isso, poderia ter passado ‘completamente despercebido’.
Os cientistas também confirmaram que a trajetória do asteroide fará ele se aproximar novamente da Terra no dia 15 de fevereiro de 2013. Segundo o comunicado, serão ‘apenas 24 mil quilômetros’ de distância.
‘É uma distância completamente segura. No entanto, poderemos observá-lo com uns telescópios convencionais’, disse o responsável do estudo de Objetos Próximos à Terra (NÉONS) do Escritório para o Conhecimento do Meio Espacial (SSA) da ESA, Detlef Koschny, que acrescentou que o descobrimento do 2012 DA14 foi casual e registrado em uma zona onde não se costumam encontrar asteroides’.
Segundo os cálculos preliminares, o 2012 DA14 tem uma órbita muito parecida com a da Terra – ‘com um período de 366.24 dias, um dia a mais que o ano terrestre – e cruzará com a trajetória de nosso planeta duas vezes ao ano’.
Em 2013, os cientistas devem estudar com detalhe como os campos gravitacionais da Terra e da Lua interferem em sua trajetória, o que ajudará a calcular ‘o risco de impacto em futuras visitas’, acrescentou Koschny, que ressaltou que já está desenvolvendo um sistema de telescópios ópticos automatizados capazes de detectar asteroides como este. EFE