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Arqueólogos descobrem evidências de gigantesco estaleiro do Império Romano

Estrutura tem 145 metros de comprimento e 60 de largura, com área maior que um campo de futebol. Se confirmada, será o maior estaleiro do tipo já descoberto no Mediterrâneo

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h59 - Publicado em 22 set 2011, 13h21
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  • Uma equipe internacional de arqueólogos da Universidade de Southampton e da Escola Britânica em Roma (ambas da Inglaterra) encontrou o que pode ser o maior estaleiro de navios do Império Romano. A descoberta da gigantesca estrutura foi feita próxima ao ancoradouro natural da antiga cidade romana de Porto, ao sul de Roma. Os arqueólogos ainda precisam encontrar outras evidências, como as rampas utilizadas para jogar os navios construídos no mar, para confirmar que a estrutura realmente é um estaleiro.

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    O prédio encontrado data do século II e possuía 145 metros de comprimento, 60 de largura, uma área maior que um campo de futebol. Em alguns lugares, a construção tem um pé-direito de 15 metros, três vezes a altura de um ônibus de dois andares. Partes de grossos pilares de tijolo ainda estão visíveis, dispostos de modo a dar suporte para oito compartimentos cobertos com telhados de madeira.

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    Já se sabia que a antiga cidade de Porto era uma rota crucial ligando Roma a outros pontos do Mediterrâneo durante o Império Romano. A mesma equipe que encontrou o candidato a estaleiro investiga a cidade há vários anos, mas nunca havia encontrado uma estrutura que se parecesse com um estaleiro.

    Confira imagens geradas por computador da cidade antiga de Porto:

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    Inicialmente, os arqueólogos pensaram que o prédio era usado como um armazém, mas a escavação mais recente mostrou que a estrutura pode ter sido utilizada para a manutenção de navios. Poucos estaleiros do Império Romano já foram descobertos, e se os cientistas conseguirem provar que o lugar realmente era usado para a construção de navios, esse será o maior do tipo na Itália ou no Mediterrâneo.

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    Com a ajuda de computadores, os arqueólogos conseguiram fazer uma maquete virtual do prédio. “Trata-se de uma vasta estrutura que poderia facilmente abrigar madeira ou outros suprimentos e certamente tem tamanho suficiente para condicionar a construção ou armazenamento de navios”, disse Professor Keay, líder da equipe de arqueólogos da Escola Britânica de Roma. “A escala, posição e natureza única do prédio levam a crer que ele teve um papel fundamental nas atividades de construção de navios”.

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    Porto, a cidade portuária do Império Romano

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    Porto foi uma cidade-porto na região de Lázio, Itália, ao sul de Roma. Foi construída por ordem do imperador Cláudio no ano 42 d.C. na margem direita da foz do rio Tibre. A ideia era substituir o principal porto fluvial do império, Ostia, situado na margem esquerda do Tibre, em frente a Porto. O ancoradouro original ficou praticamente inutilizado para barcos de grande porte devido a acumulação de detritos depositados ao longo do tempo na foz do Tibre. Por isso, foi construído um novo complexo portuário para assegurar os negócios de Roma.

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    Evidências – Em 2009, os cientistas encontraram uma espécie de Palácio Imperial ao lado de um anfiteatro. Os pesquisadores acreditam que os prédios formavam um complexo de onde oficiais do império coordenavam o movimento dos navios e das cargas dentro do porto. O estaleiro seria parte integral da estrutura.

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    Outra pista foi encontrada em inscrições na cidade de Porto. As marcas registram a existência de uma corporação de construtores de navios na cidade. Além disso, um mosaico encontrado em uma antiga mansão na saída a sudeste de Roma, e que agora está no Museu do Vaticano, mostra a fachada de um prédio similar ao encontrado pelos pesquisadores, claramente exibindo um navio em cada um dos oito compartimentos.

    Contudo, os arqueólogos reforçam que precisam encontrar mais provas de que o prédio era realmente um lugar onde acontecia a construção de navios durante o império romano. Os pesquisadores ainda não descobriram rampas que teriam sido usadas para jogar os navios no mar. “Elas podem estar em camadas mais profundas do solo”, disse Keay. “Se encontrarmos essas rampas, não teremos mais dúvidas, mas pode ser que elas não existam mais”.

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