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Aquecimento global poderá provocar diminuição de parte da população de herbívoros

À medida que temperatura sobe, alguns herbívoros crescem mais rápido que as plantas, tornando o alimento escasso, diz pesquisa. Se isso acontecer, poderá faltar peixe para os seres humanos

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h58 - Publicado em 9 out 2011, 12h52
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  • O aumento da temperatura no planeta poderá provocar um declínio na população de herbívoros ectotérmicos. Isso afetaria a cadeia alimentar com consequências para os seres humanos. A conclusão é de um estudo realizado na Universidade de Toronto, Canadá. O artigo foi publicado no periódico American Naturalist.

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    A equipe de ecologistas descreve como a mudança de temperatura afeta o metabolismo de herbívoros ectotérmicos e plantas, causando uma redução previsível no número de indivíduos. O declínio ocorreria porque, em altas temperaturas, esses herbívoros crescem mais rápido do que plantas, o que resultaria na falta de comida.

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    ANIMAIS ECTOTÉRMICOS

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    São os animais que têm a temperatura do corpo controlada pelo ambiente externo. No estudo canadense, são considerados apenas os herbívoros que possuem essa característica. No mar, a maior parte dos peixes e o fitoplâncton. Em terra, insetos herbívoros.

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    FITOPLÂNCTON

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    Conjunto de organismos aquáticos e microscópicos que têm capacidade de realizar fotossíntese (transformar a luz do Sol em energia) e que vivem dispersos flutuando nos mares. Bactérias e algas microscópicas fazem parte do grupo. O fitoplâncton serve de alimento para o zooplâncton.

    ZOOPLÂNCTON

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    O zooplâncton é composto por organismos que não realizam fotossíntese (animais microscópicos, em sua maioria) e vivem na água (marinha ou doce), com locomoção limitada – apesar de que vários organismos, como microcrustáceos, podem se movimentar extensivamente.

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    Muitos estudos já mostraram como o metabolismos de plantas e organismos ectotérmicos muda com a temperatura. A equipe de Benjamin Gilbert, coautor da pesquisa, incorporou essas mudanças em modelos matemáticos conhecidos de plantas e herbívoros para prever como a abundância de cada um seria alterada com o aquecimento global.

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    Depois disso, as previsões foram comparadas com os resultados de um estudo experimental. Nele, os pesquisadores verificaram que populações de fitoplâncton e zooplâncton em tanques de água eram alteradas com mudanças na temperatura. À medida que a temperatura subia, a população do zooplanctôn crescia mais rápido que a do fitoplâncton e o alimento ficava escasso, provocando a diminuição de indivíduos do zooplâncton.

    De acordo com Gilbert, o estudo se dedicou ao fitoplâncton e ao zooplâncton porque o efeito da água nesses organismos é bem conhecido pelos cientistas. “Em terra, é possível que os mesmos efeitos sejam observados em insetos herbívoros em regiões tropicais”, disse em entrevista ao site de VEJA.

    “Se as temperaturas mais quentes diminuírem o zooplancton no oceano, como previsto em nosso estudo, isso levará a menor quantidade de comida disponível nos mares e, como consequência, menos comida para humanos”, disse Gilbert.

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    Gilber afirma que são necessários estudos de longo prazo. “Contudo, caso as previsões estejam corretas, o aquecimento global causará grandes alterações nas cadeias alimentares, com consequências na quantidade de comida e conservação das espécies”, disse.

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