Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Aquecimento global acelera mortes por doença respiratória na Europa, diz estudo

Mudança no clima estimula a formação de ozônio próximo à superfície, em prejuízo da saúde. Aumento do número de mortes é estimado entre 10% e 14% na Bélgica, França, Espanha e Portugal

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h59 - Publicado em 27 set 2011, 12h55
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Cientistas alertam que o número de mortes ligadas à mudança climática vai aumentar em vários países europeus nos próximos 60 anos. Os maiores prejudicados serão Bélgica, França, Espanha e Portugal, onde o número de mortes pode aumentar entre 10% e 14%. O novo estudo foi apresentado nesta terça-feira, no Congresso Anual da Sociedade Respiratória Europeia, em Amsterdam (Holanda).

    Publicidade

    Saiba mais

    Publicidade

    CAMADA DE OZÔNIO

    A camada de ozônio é um escudo protetor da radiação solar entre 16 e 30 quilômetros de altitude. Ela tem 20 quilômetros de espessura e abriga 90% do ozônio presente na atmosfera. Se os raios solares não fossem filtrados por ela, toda a vida deixaria de existir.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    OZÔNIO

    O ozônio é uma molécula composta por três átomos de oxigênio. Ele se forma quando as moléculas de oxigênio (O2) se rompem por causa da radiação ultravioleta. Os átomos separados combinam-se novamente com outras moléculas de oxigênio formando o ozônio (O3). É um gás na temperatura ambiente altamente reativo e oxidante que consegue absorver a parte nociva da radiação ultravioleta. Em seres humanos, causa irritações nos olhos e vias respiratórias bem como o agravamento de doenças respiratórias preexistentes, como a asma. Doenças e reações alérgicas tais como rinite, otite, amidalite, sinusite, bronquite e pneumonia também podem ser causadas pela presença de uma maior concentração de ozônio. Os cílios das vias aéreas, que removem as impurezas, são os primeiros a perderem a função. Por isso, a capacidade da pessoa se defender dos microrganismos cai, propiciando o aparecimento das enfermidades.

    Publicidade

    A pesquisa mostra a análise de modelos climáticos frente às emissões de gases que aceleram o efeito estufa e seus efeitos na camada de ozônio em quatro períodos: passado (1961-1990); situação atual (1990-2009); futuro próximo (2012-2050); e futuro distante (2041-2060). Os resultados revelaram que desde 1961, Bélgica, Irlanda, Holanda e Reino Unido tiveram o maior impacto em mortes relacionadas ao gás ozônio por causa da mudança do clima.

    Continua após a publicidade

    De acordo com os pesquisadores, o aumento de temperatura favorece a concentração de ozônio perto da superfície da Terra. Apesar de formar um escudo na alta atmosfera e proteger o planeta dos nocivos raios ultravioletas vindos do Sol, aqui na superfície o ozônio é um poluente oxidante prejudicial à saúde. O gás está ligado à hospitalização e mortes causadas por problemas com o sistema respiratório.

    Publicidade

    Os resultados da pesquisa preveem que nos próximos 50 anos o maior número de mortos será na Bélgica, Espanha e Portugal. Esses países deverão ter um aumento entre 10% e 14% no número de mortes causadas pela inalação do ozônio induzido pelas mudanças climáticas.

    De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a mudança do clima que ocorre desde a década de 1970 já causou mais de 140.000 mortes anualmente até 2004. Além dos impactos no ar limpo, água potável e plantio de alimentos, as mudanças climáticas também a a malária e aquelas que causam diarreia são particularmente sensíveis à mudança do clima.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Os especialistas esperam que o estudo ajude a mudar as políticas de saúde pública para a mudança do clima. “A poluição aérea é a maior ameaça ambiental da Europa”, disse Marc Decramer, presidente da Sociedade Respiratória da Europa. “Se não agirmos para reduzir os níveis de ozônio e outros poluentes, mais pessoas serão hospitalizadas, teremos mais gastos com remédios e perderemos milhões de dias de trabalho”, alertou. “Pedimos a colaboração entre os profissionais de saúde e os políticos para proteger as populações vulneráveis dos efeitos danosos dos poluentes na atmosfera.”

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.