Anvisa pede informações ao Butantan sobre terceira dose da CoronaVac
Agência pediu estudos sobre doses de reforço aos quatro laboratórios que fornecem vacinas ao país
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) divulgou neste sábado que pediu ao Instituto Butantan dados sobre a necessidade ou não de ser aplicada na população a terceira dose da vacina CoronaVac, produzida pelo laboratório em São Paulo em parceria com a farmacêutica Sinovac.
Com a solicitação, a agência conclui pedidos de informação sobre doses de reforço aos quatro fabricantes de vacinas contra a Covid-19 que atualmente têm autorização de uso emergencial no Brasil: Butantan, Fiocruz, Jansen e Pfizer.
A CoronaVac é composta de duas doses, assim como as vacinas da Fiocruz (Oxford/Astrazeneca) e da Pfizer. A Jansen é a única de dose única no país no momento.
A Anvisa quer saber desses laboratórios se há dados científicos que possam subsidiar a discussão sobre doses adicionais. A agência fez pedido de reunião com técnicos das empresas para atualização do andamento dos estudos e testes nesse sentido.
Na semana passada, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou a vacinação de reforço em idosos e pessoas com deficiência do sistema imunológico a partir de 15 de setembro.
Diversos governadores e prefeitos já anunciaram seus calendários para aplicação da terceira dose enquanto observam a ocorrência de picos da doença a cada surgimento de uma nova variante do vírus.
No último dia 23, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, disse que os países mais ricos deveriam postergar suas campanhas de reforço do imunizante enquanto os países mais pobres ainda encontram dificuldade de acesso às primeiras doses.
Ele explicou que quanto mais países têm acesso à primeira dose, os riscos de surgimento de novas variantes são reduzidos. Segundo ele, ainda não há no mundo estudos científicos conclusivos ou consenso sobre a eficácia das doses de reforço para a população em geral.