Nesta quarta-feira, 11, a Nasa abriu as primeiras amostras de asteroides trazidas pela espaçonave Osíris-Rex. A missão teve início há sete anos, tendo chegado ao asteroide Bennu, que fica a cerca de 60 milhões de quilômetros de distância, em 2018. As amostras que chegaram à Terra foram coletadas em outubro de 2020, ficando seladas em uma cápsula desde então. A antiga poeira negra tem cerca de 4,2 bilhões de anos, idade semelhante a do nosso Sistema Solar, por isso a expectativa é que a análise de sua composição revele detalhes sobre a formação da Terra e dos planetas vizinhos.
Os cientistas definiram o achado como um tesouro científico, uma cápsula do tempo capaz de oferecer informações sobre as origens do sistema solar. As amostras de Bennu são formadas por um material rico em carbono e em minerais argilosos contendo água, compostos que surpreenderam e animaram os pesquisadores, que acreditam que os vestígios podem não apenas ajudar a compreender as origens de nosso sistema planetário, como também podem ser úteis no entendimento das origens da própria vida. “ A cada revelação do Bennu estamos mais perto de desvendar os mistérios da nossa herança cósmica”, afirmou Dante Lauretta, da Universidade do Arizona, líder da missão no evento de anúncio das descobertas que aconteceu no Johnson Space Center, em Houston, Estados Unidos.
Mais trabalho de análise será necessário para uma visão mais ampla da composição e da origem dos compostos encontrados no material, mas os dados iniciais são considerados um bom indício. Os estudos até aqui contaram com a participação de mais de 200 cientistas de todo o mundo, que devem continuar trabalhando juntos nas próximas etapas do projeto.