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Absorção de carbono pela Amazônia caiu pela metade desde os anos 90

O excesso desse gás na atmosfera teria acelerado a mortalidade das árvores

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h05 - Publicado em 19 mar 2015, 11h35

A Amazônia está perdendo sua capacidade de absorver carbono da atmosfera. Esta é a conclusão de um estudo com mais de 30 anos de duração realizado por quase 100 pesquisadores de vários países, entre eles o Brasil. O artigo foi publicado nesta quarta-feira na revista Nature.

Conheça a pesquisa

  • Título original:

  • Onde foi divulgada:

    • periódico Nature
  • Quem fez:

    • R. J. W. Brienen, O. L. Phillips, T. R. Feldpausch, E. Gloor, T. R. Baker, J. Lloyd, G. Lopez-Gonzalez, A. Monteagudo-Mendoza, Y. Malhi e outros
  • Instituição:

    • Universidade de Leeds, na Inglaterra, e outras
  • Resultado:

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    • A quantidade de dióxido de carbono absorvida pela Amazônia caiu de 2 bilhões de toneladas por ano para apenas 1 bilhão

A floresta amazônica absorve uma quantidade maior de dióxido de carbono do que libera, ajudando a controlar os efeitos climáticos provocados pelo acúmulo desse gás. Infelizmente, segundo o novo estudo, essa quantidade está diminuindo. Na década de 1990, a floresta absorvia 2 bilhões de toneladas de dióxido de carbono todos os anos. Agora, de acordo com Oliver Phillips, pesquisador da Universidade de Leeds, na Inglaterra, e um dos autores do estudo, a estimativa é que ela absorva metade disso, 1 bilhão de toneladas por ano.

O desmatamento da Amazônia nada tem a ver com esse fato. Os pesquisadores utilizaram no estudo uma parte da floresta que não sofreu alterações decorrentes da atividade humana. Eles apontam o aumento na quantidade de árvores morrendo na floresta como principal causa desse fato. A mortalidade das árvores cresceu em mais de um terço desde meados da década de 1980.

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Inicialmente, o aumento da quantidade de dióxido de carbono, um dos ingredientes da fotossíntese, na atmosfera levou a um aumento no crescimento de árvores na Amazônia. “Com o tempo, o estímulo do crescimento se tornou excessivo, acelerando o crescimento das árvores e fazendo com que elas morressem mais cedo”, disse ao site de VEJA.

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O problema causado pela morte acelerada não é uma redução no número de árvores, mas o fato de que, ao morrer e se decompor, as árvores devolvem gás carbônico para a atmosfera.

Secas e altas temperaturas na região amazônica nos últimos anos podem ter contribuído para esse processo, apesar de os registros de mortalidade das árvores feitos pelo estudo terem começado bem antes da intensa seca de 2005, por exemplo.

Para fazer o cálculo das mudanças em absorção de carbono os cientistas estudaram 321 pontos da floresta, identificaram e mediram 200 000 árvores e contabilizaram mortes e surgimento de novas árvores desde a década de 1980.

De acordo com Phillips, este pode ser o alerta inicial para um problema mais grave no futuro. “A Amazônia pode ser a primeira das grandes florestas a sofrer esta saturação e está nos alertando como outras florestas podem responder no futuro”, afirmou.

(Da redação)

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