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Youssef poupa Renan e nega propina em fundos de pensão

Pivô da Operação Lava Jato, doleiro prestou depoimento à CPI dos Fundos de Pensão na Câmara dos Deputados

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 27 out 2015, 19h09

O doleiro Alberto Youssef poupou nesta terça-feira o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Ele negou ter se reunido com o peemedebista para acertar uma transação milionária com o fundo Postalis, conforme havia afirmado sua ex-contadora Meire Poza, em 2014, em depoimento à antiga CPI mista da Petrobras.

Renan é apontado como padrinho de Adilson Florêncio da Costa, então diretor financeiro do fundo de pensão dos Correios. Na ocasião, o foco era uma negociação de 50 milhões de reais em debêntures da empresa Marsans, que acabou não se concretizando.

“Fiz um termo de colaboração com relação a esse assunto do Renan. Tinha debêntures emitidas com a empresa que eu tinha maior participação em cotas e fui procurar, sim, Renan porque ouvi dizer que ele tinha indicado o diretor financeiro da Postalis. Mas não consegui que ele me recebesse”, disse o doleiro na CPI.

O advogado Carlos Alberto Pereira da Costa, laranja de Youssef em esquemas criminosos, também depôs na CPI, mas disse que a intermediação para o negócio envolvendo a Marsans seria feita com o “filho” de Calheiros, Renan Calheiros Filho, governador de Alagoas.

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Em depoimento na CPI dos Fundos de Pensão, Alberto Youssef negou ter atuado em esquemas de propina envolvendo fundos de pensão e disse que “não recebeu dinheiro” dessas entidades. “Não intermediei negócios com fundos de pensão, mas sim fundos de previdência estaduais e municipais”, afirmou.

Vaccari – Aos deputados, o doleiro implicou o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto no propinoduto envolvendo fundos de pensão de estatais e disse que “ouviu dizer de mercado que Vaccari era um dos operadores de alguns fundos de pensão, da Petros, pode ser que da Funcef (Caixa Econômica) também”. Em nota, o Fundef informou que “nega veementemente que o Sr. João Vaccari tenha intermediado quaisquer negócios em nome da fundação”. “O próprio depoente disse que ouviu dizer. A Funcef repudia estas afirmações levianas”, completou a entidade.

Youssef disse ter se encontrado “duas ou três vezes” com Vaccari, mas afirmou não ter discutido o tema de fundos de pensão com ele. “Ele esteve no meu escritório na semana anterior à deflagração da Lava Jato e não me encontrou. Na época eu tinha tido um infarto e estava em uma consulta médica. De fato com relação a fundo de pensão não conversei com Vaccari”.

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