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Walter Casagrande Jr: “Minha maior loucura é a sobriedade”

Com novo livro na praça, o ex-jogador e comentarista aborda o desafio de se manter lúcido após largar as drogas e a vida sexual com Baby do Brasil

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 21 ago 2020, 15h47 - Publicado em 3 jul 2020, 06h00

Após três internações por abuso das drogas, como está hoje? Não conquistei prêmio mais importante que a sobriedade. Minha maior loucura é a sobriedade. O lado psicodélico dela é muito mais colorido, festivo e real que o efeito psicológico de uma droga.

Travessia (Globo Livros) fala de alucinações até com demônios. Como lidou com elas? Eu tomava banho em pânico. Enxaguava o cabelo de olhos abertos. Vi um demônio e me senti encurralado. Orei e uma voz me disse: “Não adianta, você não tem fé no seu Deus”. Aí a casa caiu. Só acabou quando descobri a fé em Cristo. Não vou a nenhuma igreja, mas minha fé é imensurável.

Como foi seu relacionamento de sete meses com a cantora Baby do Brasil? Ela é uma pastora evangélica muito evoluída espiritualmente. Namoramos sem sexo. Aceitei o modo de viver dela. Eu me relacionei com uma pessoa por quem era apaixonado na adolescência. Ela era minha musa. Imagine namorar sua musa e não fazer sexo? Com a Baby foi assim. E foi maravilhoso.

Muita gente debocha da sua recuperação. Isso machuca? Quem acredita que eu não me recuperei deve acreditar também que a Terra é plana. O que mais me incomoda são os ataques cruéis. Quando me chamam de drogado, viciado, vagabundo ou mentiroso, devo responder o quê? Não tem diálogo. Isso me fere. Fere mesmo.

Como um dos criadores da Democracia Corinthiana, gosta que usem sua imagem nos protestos das torcidas organizadas, como vem ocorrendo? Vejo com bons olhos um movimento antifascista e pela democracia. Liberei o uso da minha imagem, mas isso não significa que concorde com manifestações e aglomerações durante a pandemia ou apoie confrontos. Sou pela paz e pelo amor.

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Concorda com o retorno de campeonatos de futebol no país durante a pandemia? É um absurdo num país em que morreram mais de 60 000 pessoas. Como fazer uma partida de futebol ao lado de um hospital de campanha em que poucas horas antes morreu gente ali? Faz sentido ser campeão assim? Vai precisar morrer jogador de futebol? O futebol em 2020 já era.

Quer entrar para a política? Não, mas tenho vontade de combater o que é antidemocrático. Já lutei muito, e quem é dependente químico não pode desistir. Não desisto de nada na minha vida. Não vou desistir dessa luta também.

Publicado em VEJA de 8 de julho de 2020, edição nº 2694

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