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Vítima de estupro coletivo será incluída em proteção a testemunha

Mulher de 34 anos foi colocada em viatura com os agressores - e assediada por um deles no caminho até a delegacia

Por Da redação
24 out 2016, 14h56

A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou nesta segunda-feira ter identificado cinco suspeitos de participar do  estupro coletivo de uma mulher de 34 anos em São Gonçalo. Outros dois adolescentes já haviam sido apreendidos em flagrante no dia do crime. A vendedora estava em um bar na favela onde vive, na madrugada de 17 de outubro, quando foi abordada pelos suspeitos. O crime foi flagrado por policiais militares que faziam uma operação contra o tráfico de drogas no local.

A delegada Débora Rodrigues, da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) de São Gonçalo, vai encaminhar hoje ofício à Secretaria de Direitos Humanos para incluir a vítima em um programa de proteção.

A vítima foi conduzida à delegacia ao lado dos seus agressores e voltou a ser molestada no carro da PM. Na delegacia, o agente escreveu termos vulgares ao registrar a ocorrência, como “só gritou quando empurraram um galho de árvore na sua b…”. Dois adolescentes foram apreendidos pelo crime. Era o quarto ataque sexual que a mulher sofria do mesmo grupo. No caminho para a delegacia, um dos menores detidos alisou a perna da vítima e a ameaçou: “Fica tranquilinha, vai dar tudo certo”.

O caso foi revelado pelo jornal Extra. A vendedora de 34 anos estava em um bar com um amigo, no bairro Lagoinha quando quatro jovens ligados ao tráfico da região a arrastaram para o banheiro do local. De lá, ela foi levada para uma rua deserta e com pouca iluminação, onde passou a ser estuprada pelo grupo. Um carro do 7º Batalhão da PM (São Gonçalo) passou pelo local, a encontrou nua e a socorreu. Os dois adolescentes foram detidos e os demais suspeitos conseguiram fugir. A vítima informou que cerca de dez homens participaram da agressão.

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No registro de ocorrência, o policial escreveu expressões como “b… triplo”, “fizeram anal e vaginal”, “não usaram camisinha, no pelo”, e ainda “que a declarante só gritou quando empurraram um galho de árvore na sua b…”. “Não é fácil. Durante o depoimento, fiquei muito desconcertada. Tinha acabado de acontecer tudo aquilo comigo. Estava sentindo dor e ainda muito abalada. Depois, fui para casa e me senti muito abandonada”, disse a vendedora, em entrevista ao Extra.

A polícia abriu inquérito e tenta localizar os outros criminosos. A Chefia de Polícia Civil determinou a redistribuição do inquérito policial à Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM) de São Gonçalo. O caso segue em sigilo e está sendo acompanhado pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa e pela Secretaria Estadual de Direitos Humanos. A mulher está na casa de amigos.

“A Polícia Civil destaca que, diante de eventual descumprimento do protocolo de atendimento e da conduta do policial civil veiculada pela imprensa, o delegado titular da 74ª Delegacia de Polícia instaurou procedimento para apurar a ocorrência de infração disciplinar”, informou a Polícia Civil, em nota.

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