Vereadores de São Paulo param votações para fazer campanha
Gabinetes dos vereadores, que tentam a reeleição, estão de portas fechadas
Enquanto centenas de candidatos a vereador fazem campanha pela cidade, a Câmara Municipal de São Paulo está parada. A dez dias das eleições municipais, a Casa decidiu suspender as sessões de votações e nenhuma proposta da gestão Gilberto Kassab (PSD) ou de autoria dos próprios parlamentares será discutida até 10 de outubro.
Os gabinetes dos vereadores, que empregam funcionários comissionados com salários de até 15 mil reais, estão com as portas fechadas.
Nas ruas, os vereadores têm atuado em seus redutos eleitorais para tentar ajudar os candidatos José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT), que tentam uma vaga no segundo turno na disputa pela prefeitura paulistana. No caso do tucano, trabalham, por exemplo, Milton Leite (DEM) e Antonio Carlos Rodrigues (PR) nas regiões do extremo da zona sul. O candidato petistaHaddad tem recorrido a antigos cabos eleitorais do ex-prefeito Paulo Maluf, como o vereador Wadih Mutran (PP) no bairro da Vila Maria, na zona norte.
“O vereador é mais próximo da população do que os próprios candidatos ao Executivo. Numa disputa como essa, entre Haddad e Serra, o corpo a corpo do parlamentar no bairro pode ser decisivo para ver quem vai ao segundo turno”, afirma Roberto Trípoli (PV), ex-presidente do Legislativo e atual líder de governo.
“São só duas semanas de paralisação. Não dá para negar que está todo mundo com a cabeça na campanha”, emenda o ex-tucano Juscelino Gadelha (PSB), que agora tem de pedir votos para Haddad. “Não é fácil. Boa parte da minha base é Serra”, admite.
(Com Agência Estado)