A morte da vereadora do Rio Marielle Franco põe o Brasil em uma situação desconfortável com a comunidade internacional. Segundo informação divulgada nesta sexta-feira pelo jornal O Estado de S.Paulo, autoridades brasileiras ignoraram comunicados sigilosos da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre ameaças contra ao menos 17 ativistas. As cartas confidenciais, de acordo com a publicação, sequer foram respondidas.
Procurado pelo jornal, o Itamaraty não se manifestou. Após a execução da vereadora, quarta-feira à noite, a ONU exigiu investigações “independentes e rigorosas”. Outras entidades internacionais, como Anistia Internacional, Human Rights Watche Transparência internacional, também criticaram a situação do país e pediram respostas rápidas ao crime.
Pressão internacional após morte de Marielle
O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) classificou como “profundamente chocante” o assassinato de Marielle Franco, num ataque a tiros na noite de quarta-feira, no Rio de Janeiro, que também matou seu motorista, Anderson Pedro Gomes.
O comunicado ressalta que as autoridades devem realizar uma completa investigação do assassinato. “Apelamos para que essa investigação seja feita o quanto antes e que seja minuciosa, transparente e independente, para que possa ser vista com credibilidade”, afirmou Throssel.
Na Europa, a reação também foi imediata. O porta-voz do partido espanhol Podemos, Miguel Úrban, condenou na Comissão Europeia o assassinato da vereadora brasileira Marielle Franco. Ele pediu para que a Comissão condene publicamente a morte da vereadora e suspenda as negociações do acordo comercial entre União Europeia e Mercosul.