Por Carolina da Gama
Os partidos políticos são obrigados a declarar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o quanto pretendem gastar com a campanha de seus candidatos. Algumas coligações chamam a atenção pelo orçamento polpudo, já outras legendas elaboraram previsões bastante modestas. Em São Paulo, por exemplo, o DEM prevê gastos de campanha de 30 milhões de reais para tentar reeleger o atual prefeito, Gilberto Kassab. Já o PCO, não pretende gastar mais do que 40.000 reais com a candidatura de Anaí Caproni.
No Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB) pretende gastar 12 milhões de reais com sua campanha, quatrocentas vezes mais do que o candidato do PCO, Antônio Carlos Silva. Em Teresina, no Piauí, Nazareno Fonteles (PT) declarou gastos de 1,5 milhão de reais, enquanto Alexis Leite (PSOL) estima desembolsar 100.000 reais, e Loudes Melo (PCO), 3.000 reais.
É possível perceber a quantidade de verba de que dispõe cada coligação por meio das campanhas de rua dos candidatos. Enquanto Kassab tem ao seu dispor um helicóptero Bell Jet prateado com lugar para quatro passageiros, a candidata Soninha Francine (PPS), cuja campanha está orçada em 4,5 milhões de reais, costuma ir aos compromissos de campanha em sua moto, de bicicleta ou, até, de trem.
Para driblar a falta de verbas, o PCO lança mão do trabalho voluntário de militantes. Os recursos do partido são arrecadados com a organização de jantares, venda de materiais e bônus de campanha. A legenda, segundo sua assessoria, se recusa a aceitar financiamento de empresas. A estimativa de gastos desse ano foi elaborada com base nas arrecadações de campanhas anteriores.
Os partidos angariam recursos através de seus comitês financeiros. De acordo com a lei, a verba para a campanha não pode ultrapassar o limite de gastos estipulado na declaração encaminhada ao TSE. O dinheiro gasto pode ser desembolsado pelo próprio candidato, ou ser obtido por meio de doações, sejam de pessoas físicas, jurídicas, ou até de outros partidos e candidatos. A verba ainda pode ser obtida através de repasses do Fundo Partidário, com a venda de bens ou a realização de eventos.