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Troy Davis apresenta dois recursos a algumas horas da execução

Por Jessica Mcgowan
21 set 2011, 11h43

A defesa do americano Troy Davis, que se tornou um símbolo da luta contra a pena de morte, apresentou nesta quarta-feira em um tribunal do estado da Geórgia dois últimos recursos para que sua execução prevista para esta noite seja suspensa.

Davis também pediu, depois de tomar conhecimento da decisão do comitê de indultos da Geórgia de negar clemência, um teste de polígrafo para demonstrar sua inocência, mas esta possibilidade foi negada, informou o advogado Brian Kammer.

Troy Davis apresentou um recurso de habeas corpus no tribunal superior do condado de Butts na Geórgia e também “pede respeitosamente que este tribunal conceda um sursis à execução de sua pena de morte”, indica um documento da justiça do qual a AFP obteve uma cópia.

Condenado à morte em 1991 pelo assassinato de um policial branco, Troy Davis, de 42 anos, deve receber a injeção letal às 19h00 (20h00 de Brasília) na penitenciária de Jackson.

“Davis recusa a constitucionalidade de sua condenação à pena de morte fundando-se em novas provas”, acrescenta o documento entregue à justiça por Brian Kammer.

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Kammer ressalta que a defesa está em condições de apresentar “provas” segundo as quais o médico legista que realizou a autópsia do corpo do policial morto deu “um falso testemunho” no relatório balístico no qual a justiça se baseou para pronunciar sua sentença.

Na terça-feira, o comitê de indultos da Geórgia rejeitou um recurso apresentado pelos advogados do condenado, que já escapou de três execuções graças a diversos recursos judiciais.

Apresentado por seus defensores como o exemplo do negro condenado injustamente, Troy Davis recebeu o apoio de personalidades como o ex-presidente americano Jimmy Carter, o papa Bento XVI ou a atriz Susan Sarandon e centenas de manifestações pedindo o indulto foram realizadas em todo o mundo.

Durante o processo, nove testemunhas do assassinato cometido em 1989 indicaram Troy Davis como o autor do tiro, mas a arma do crime nunca foi encontrada e nenhuma prova digital ou traço de DNA foi revelado. Mais tarde, sete testemunhas se retrataram, mas isso não foi suficiente para convencer a justiça de rever seu veredicto.

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