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Troca de advogados pode favorecer defesa do goleiro Bruno

Novo representante pede mais prazo e pode tentar anular o processo, caso queira alegar que jogador foi prejudicado pelo vício de Ércio Quaresma

Por Andréa Silva, de Belo Horizonte (MG)
23 nov 2010, 18h00

No futebol, uma das formas de esfriar o jogo e ganhar algum tempo é substituir um integrante da equipe. Longe dos campos e acusado de um dos crimes de maior repercussão do país, o goleiro Bruno Fernandes, que está afastado do Flamengo, pode ser beneficiado com a troca do advogado encarregado de sua defesa. A primeira vantagem para o réu deve ser um ganho de prazo. Cláudio Dalledone Júnior, novo defensor de Bruno, já afirmou que vai solicitar uma extensão do prazo à juíza Marixa Fabiane Rodrigues. O motivo é a necessidade de o novo defensor se inteirar dos detalhes do processo para a fase das alegações finais da defesa, que devem ocorrer entre 29 de novembro e 3 de dezembro.

Dalledone sabe muito sobre o caso. Ele defendia, até a segunda-feira, outro acusado, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão – amigo de Bruno e acusado de ter, junto com o jogador, tramado o seqüestro e a morte de Eliza. O novo advogado passou a defender Bruno depois que Ércio Quaresma, que comandava a defesa, assumiu publicamente ser dependente químico de crack.

Oficialmente, Quaresma não é mais defensor de Bruno. Mas é pouco provável que se afaste, de fato, do comando da defesa. Quando assumiu o caso, o advogado afirmou que, a partir daquele momento, ele próprio comandaria “o circo”. Dalledone, assim como os demais defensores dos outros oito acusados, seguia à risca as determinações de Quaresma – afinal, só Bruno tem dinheiro para arcar com os caros honorários dos crminalistas contratados pelos acusados de participação na morte de Eliza Samudio.

Dalledone ou o próprio Bruno podem tentar uma jogada ainda mais ousada. Se um dos dois decidir alegar que o goleiro, por ser atendido por um dependente químico – Quaresma – esteve desassistido até agora, o processo pode ser simplesmente anulado – e todos os prazos passariam a correr do zero.

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) confirmou a possibilidade da anulação. Para isso, no entanto, é necessário que o novo advogado nomeado por Bruno faça uma petição alegando que o réu ficou desassistido. Indícios nesse sentido não faltam – caso a defesa realmente invista nessa linha. Quaresma foi visto cochilando durante audiências no início do mês, no Fórum de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e alegou estar fazendo uso de medicação controlada.

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