Por Priscila Trindade
São Paulo – A Polícia Civil do Rio de Janeiro indiciou três pessoas por fraude envolvendo o registro de um recém-nascido. A verdade veio à tona depois que parentes dos envolvidos denunciaram o caso. Segundo as investigações, o crime foi planejado por duas amigas que moram juntas. Uma delas, que não pode engravidar, pagaria R$ 1 mil para ficar com a criança.
Segundo as investigações, a mãe da criança deu entrada no Hospital Municipal Dr. Moacyr do Carmo, em Duque de Caxias, no dia 14 de junho. No hospital, ela se passou pela amiga para que a criança fosse registrada no nome da falsa mãe. Após o nascimento do recém-nascido, a falsa mãe foi com seu companheiro até o cartório e levou a declaração de nascimento fornecida pelo hospital com seus dados pessoais. O casal registrou a criança como se fosse filho deles.
A assistente social do hospital declarou, em depoimento, que ao exigir o documento com foto da gestante para a confecção da declaração de nascido vivo (DNV), a falsa mãe foi até o cartório e tirou a segunda via de sua certidão de nascimento para que a mãe biológica do bebê pudesse apresentar o documento no hospital.
No dia 22 de junho último, parentes dos supostos pais da criança revelaram a verdade e o caso foi encaminhado para a Vara da Infância e Juventude. Durante esse período, a criança ficou internada na UTI neonatal, sendo permitidas visitas vigiadas apenas da mãe biológica. A criança foi encaminhada para um abrigo por determinação do Juiz da Infância e Juventude, no dia 15 de junho.