A prisão do ex-presidente Lula foi um dos destaques da capa do jornal americano The New York Times neste domingo. A publicação chamou atenção para os possíveis desdobramentos do acontecimentos para as eleições presidenciais brasileiras deste ano.
Segundo o jornal, Lula mantinha “ampla liderança nas pesquisas eleitorais” e o seu retorno seria uma “deslumbrante volta, após a o impeachment em 2016 da sucessora do senhor da Silva, Dilma Rousseff“.
O jornal ainda reafirmou que Lula não deixou um substituto definido para a campanha eleitoral deste ano, mas ressaltou o momento em que ele elogiou os pré-candidatos Manuela d’Ávila (PCdoB) e Guilherme Boulos (PSOL), enquanto estava em cima do carro de som, em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos, em São Paulo, no sábado.
A matéria publicada ainda expressa as reações diversas à prisão do ex-presidente dos manifestantes que ficaram em frente ao prédio da Polícia Federal em Curitiba. De acordo com o jornal, centenas de eleitores usavam o vermelho caraterístico do Partido do Trabalhadores e cantavam o jingle da primeira campanha presidencial de Lula em 1989. “Um grupo menor de críticos do antigo presidente, enquanto isso, batiam panelas enquanto cantavam: ‘Lula ladrão, seu lugar é na prisão'”, complementa o texto.
O The New York Times fez um breve panorama da carreira política de Lula, destacando a relação do ex-presidente com Washigton. Em especial, foi lembrada da cena em Londres no ano de 2009, quando Barack Obama chamou Lula de “o político mais popular da Terra”.