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Suspeita de tráfico internacional de crianças é presa em SP

Maria José Rodrigues, de 53 anos, foi detida depois de receber o filho recém-nascido de uma adolescente, que seria levado para a Itália

Por Marina Pinhoni
8 Maio 2012, 18h33

Maria José Rodrigues, de 53 anos, foi presa em flagrante na tarde desta segunda-feira depois de receber da adolescente M.J.S., de 17 anos, um bebê recém-nascido logo depois de a criança ter alta num hospital na Zona Sul de São Paulo. Maria José já estava sendo investigada pela Polícia Civil de Minas Gerais depois de uma uma tentativa frustrada do mesmo crime na cidade mineira de Montes Claros. Por ser menor de idade, M.J.S. foi encaminhada à Fundação Casa e poderá responder pelo crime de entrega de criança a terceiro.

De acordo com o delegado Márcio Mathias, titular da 6ª delegacia de Patrimônio do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), as investigações em parceria com a polícia de Minas Gerais apontam o envolvimento de Maria José numa quadrilha internacional que buscava crianças em regiões pobres das cidades para que elas fossem levadas posteriormente para fora do país. “Essas pessoas convenciam as gestantes com o argumento de que as crianças teriam uma vida melhor com outras famílias”, afirmou Mathias.

Maria José era brasileira, mas tem cidadania italiana. Segundo a polícia, ela afirmou em depoimento que é casada há 17 anos com um italiano, mas o envolvimento dele no esquema ainda vai ser investigado. “As ligações gravadas pela polícia de Minas mostram que ela mantinha contato em espanhol com pelo menos três pessoas na Itália”, afirmou o delegado. “Nas conversas, eles citam crianças a todo tempo, mas ainda não recebemos o detalhamento dessas ligações”.

Confiança – Segundo a polícia, a adolescente não sabia que a filha seria possivelmente vendida ou entregue para outra família no exterior. De acordo com as investigações, Maria José era uma mulher articulada, que convenceu a adolescente a entregar o bebê com a promessa de que ela seria a nova mãe da criança na Itália.

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A relação de confiança entre as duas era tanta que a adolescente chegou a escrever uma carta na qual agradece Maria José pela adoção do bebê. “Cuide bem da minha filhinha e tomara que eu entre em contato com você pelo telefone. (…) Que Deus te abençoe grandiosamente. Eu gosto muito de você como uma tia”, diz a carta.

A criminosa chegou a se apresentar no hospital em que o bebê nasceu como tia da adolescente, fazendo visitas regulares. Ela assinou os papéis de alta da recém-nascida após a internação de 15 dias.

Na saída do hospital, a criança foi entregue junto com a sua documentação. Em troca, a criminosa pagou 135 reais para a mãe, que seriam utilizados para comprar medicamentos e uma bomba para retirar o leite materno que ela não usaria na alimentação do bebê.

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