O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, chegou à Corte nesta quarta-feira, 14, escoltado pelo Comando de Operações Táticas (COT), a tropa de elite da Polícia Federal. O reforço atípico na segurança pessoal do magistrado foi solicitado pelo próprio STF, que iniciou hoje o julgamento de uma controvérsia envolvendo a soltura do traficante André de Oliveira Macedo, conhecido como André do Rap, um dos líderes de uma facção criminosa.
Os agentes do COT, que acompanharam a chegada de Fux ao Supremo, são especializados em operações de risco – de desarmes de explosivos a prisões de traficantes de alta periculosidade. Nos últimos meses, esse grupo de elite da PF tem sido acionado em megaoperações para prender líderes de uma das maiores facções criminosas do país. Nesta quarta-feira, a missão era proteger o presidente do STF de eventuais represálias.
No dia 2 de outubro, o ministro Marco Aurélio Mello determinou a soltura de André do Rap, preso preventivamente desde setembro do ano passado. Após o caso vir à tona, o presidente do STF, atendendo a um pedido da Procuradoria-Geral da República, suspendeu a decisão liminar do seu colega de Corte – e ordenou que o traficante voltasse para a cadeia. No entanto, o criminoso sumiu do mapa e está foragido.
Contrariado, o ministro Marco Aurélio criticou Fux e disse que a decisão do presidente gera “insegurança jurídica”. Diante dessa controvérsia, o presidente do STF decidiu levar a discussão do caso ao plenário da Corte.