Sindicatos ameaçam fechar rodovias dia 11
Sindicalistas querem parar ainda as marginais do Tietê e do Pinheiros na semana que vem; motoristas e cobradores estudam protestar semana que vem
As manifestações das centrais sindicais, convocadas para o próximo dia 11 em todo o país, devem fechar as principais rodovias do estado de São Paulo, as marginais do Tietê e do Pinheiros e a Avenida Paulista. O metrô deve parar por algumas horas. Funcionários dos portos também pretendem cruzar os braços. Em paralelo, motoristas e cobradores dos ônibus da capital ameaçam parar antes, nesta sexta-feira, dia 5.
Segundo nota do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo, os rodoviários estudam aderir ao ato nacional desta sexta-feira contra mudanças na lei que regulamenta a profissão e define jornadas de trabalho dos motoristas. Uma plenária deve definir a posição do sindicato na quinta-feira.
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Encontro – Em reunião nesta segunda-feira, as centrais sindicais avisaram ao governo de São Paulo sobre os atos da semana que vem. O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella Vieira, e o comandante-geral da Polícia Militar (PM), coronel Benedito Roberto Meira, receberam o presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP); o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah (PSD), e Atena Goras, representante da executiva nacional da Central Sindical e Popular (CSP – Conlutas). Segundo a secretaria, as centrais sindicais se comprometeram a informar previamente os trajetos das manifestações. Os sindicalistas também avisaram que vão ajudar os policiais a identificar quem cometa atos de vandalismo, caso eles ocorram.
De acordo com Paulinho, os metroviários decidem na quinta-feira como será a adesão à mobilização. A ideia é que a circulação dos trens seja suspensa por algumas horas. A UGT convocou os motoboys de São Paulo a fazer atos nas Marginais e na Paulista, disse Patah. Estivadores, metalúrgicos e trabalhadores de construção civil também ameaçam entrar em greve.
“O objetivo é ter um dia de reflexão, para mostrar a pauta que os trabalhadores levantam desde agosto de 2010”, disse Paulinho.
Além da Força, UGT e Conlutas, devem participar a CUT, CTB, Nova Central, UNE e MST. As centrais batizaram o protesto de Dia Nacional de Luta com Greves e Manifestações. A pauta reúne a luta pelo fim do fator previdenciário, redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, contra a lei que amplia a terceirização, pelo reajuste para aposentados, mais investimentos em saúde e educação, transportes público de qualidade, pela reforma agrária e por mudanças na política econômica do governo federal.
(Com Estadão Conteúdo)