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‘Se afastou o mal que nos separou’: Carnaval do Rio volta à Sapucaí

Festa popular teve baque com a pandemia; atual enredo da última campeã relembra a celebração pós-Gripe Espanhola para comemorar o retorno à vida

Por Caio Sartori 22 abr 2022, 21h00

A espera acabou: cerca de dois anos e dois meses depois dos últimos desfiles, as escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro voltam à Sapucaí na noite desta sexta-feira, 22, e invadem a madrugada. Festa histórica da cultura nacional e que movimenta a economia, o Carnaval volta com homenagens a figuras emblemáticas do Brasil logo no primeiro dia. Há ainda um enredo bem simbólico: o da Viradouro, atual campeã, que cantará indiretamente o momento pós-pandemia ao relembrar a primeira folia depois da Gripe Espanhola, em 1919. 

“Tirei a máscara no clima envolvente / Encostei os lábios suavemente / E te beijei na alegria sem fim / Carnaval, te amo, na vida és tudo para mim”, diz um trecho do samba, que também comemora que “se afastou o mal que nos separou”. A superação das adversidades dos últimos anos e a felicidade de pisar de novo no chão sagrado do samba carioca são a marca deste Carnaval. 

A primeira escola a pisar na avenida, às 22h, é a Imperatriz Leopoldinense, que tem como rainha de bateria a cantora Iza. Logo depois, a tradição nas cores verde e rosa desponta na pista: é a Mangueira, que homenageia neste ano três homens cruciais para sua gloriosa história de 20 títulos – Cartola, Jamelão e Delegado. E então vem o Salgueiro, que levará para a passarela a resistência negra, simbolizada por lugares marcantes do Rio. 

Uma homenagem que promete fazer lágrimas caírem no Sambódromo chega em seguida, com a São Clemente. A única representante da zona sul no Grupo Especial cantará a vida de Paulo Gustavo, o humorista cuja morte em decorrência da covid-19 abalou o país. Depois dela, entram em cena a Viradouro e sua declaração de amor à festa. O desfecho da noite fica com a gigante Beija-Flor de Nilópolis, outra que terá no enredo uma ode à cultura negra ao destacar a importância de “empretecer” o pensamento.  

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Pensar o Carnaval também significa pensar na sua engrenagem, que envolve milhares de trabalhadores e aquece o turismo – ou seja, é peça importante da economia do Rio. São cerca de 4 bilhões de reais movimentados nos dias de folia, segundo a prefeitura. Isso equivale ao que as praias da cidade geram durante todo o ano. Há também o cálculo de que, a cada 1 real investido pelo município na festa, 6 reais sejam movimentados. 

“Uma análise por trás do maior espetáculo da Terra mostra como o Carnaval é bom para todos os cariocas – até para quem não gosta de samba. Carnaval é riqueza e dá retorno. É política pública, tradição e pertencimento. Sem o Carnaval, não seria o Rio”, escreveu nesta semana, no Twitter, o prefeito Eduardo Paes (PSD e Portela). 

Antes da variante ômicron elevar os casos de covid, em janeiro deste ano, os desfiles chegaram a ser marcados para a data tradicional, no final de fevereiro. Diante de pressão econômica dos patrocinadores, contudo, a prefeitura precisou tomar uma decisão e adiou a festa para este abril. Da noite de sábado até a manhã de domingo, é a vez das apresentações da Paraíso do Tuiuti, Portela, Mocidade Independente, Unidas da Tijuca, Grande Rio e Vila Isabel.

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