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Santa Maria monta força-tarefa para enterrar vítimas

No Cemitério Ecumênico Municipal costumam ser sepultados seis mortos diariamente. Nesta segunda-feira, o local precisou acomodar mais de 52 corpos

Por Marcela Donini, de Santa Maria
28 jan 2013, 18h23

Para dar conta das centenas de sepultamentos previstos para os próximos dias – em função da tragédia em Santa Maria -, a noite de domingo foi de trabalho intenso para os 50 militares convocados para liberar 67 carneiras dos cemitérios municipais, como são chamados os túmulos suspensos. Em geral, as ossadas são transferidas depois de cinco anos nos jazigos, explica a coordenadora Carla Fonseca. O ajuste foi essencial para suprir a triste demanda desta segunda-feira: 81 jovens foram enterrados nos cemitérios municipais, e pelo menos 30, no Parque Jardim Santa Rita de Cássia.

Leia: Médicos de Santa Maria entre o trabalho e a dor da perda de parentes

No final da manhã, os familiares de Rafael de Oliveira Dorneles ainda se despediam do rapaz de 30 anos que morava em São Leopoldo, próximo à Região Metropolitana de Porto Alegre. Ele visitava a família e foi à festa na boate Kiss acompanhado da irmã e do cunhado, que deixaram o local antes do incêndio. Juliana Dorneles, prima que mora na capital gaúcha, lamentava a morte de Rafael e de tantos outros jovens. Familiares e amigos planejavam uma caminhada da paz, da Praça Saldanha Marinho com destino ao Centro Desportivo Municipal.

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No início da tarde, chegaram praticamente juntos ao Cemitério Ecumênico da cidade os corpos de Larissa Holsbach e Leandro Avila Leivas, ambos estudantes da Universidade Federal de Santa Maria, como pelo menos outros 99 mortos na tragédia. A faixa etária média de quem acompanhava os pais das vítimas refletia a juventude daqueles se foram. E da boca de uma mãe saiu a frase que resume o desespero maior: “Eu nunca mais vou ver o meu filho”.

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